quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

O AAAqui deseja a todos

UM BOM E FELIZ NATAL

Cercado pelo exército português.

Fez anos no dia 23 que passou, que o oficial de messe do aerodromo em Mueda foi ao exército, pediu ao Coronel Maçanita para se dirigir às suas tropas e informou-as que no dia seguinte, véspera de Natal, o nosso aérodromo tinha bacalhau com batatas e grêlos para todos que nos quizessem visitar.
Nessa véspera de Natal, vivi um dia pleno de altos e baixos, aquilo a que se chama habitualmente montanhas russas. A manhã e a tarde com um sol africano maravilhoso, foi um dos dias mais difíceis que passei em Mueda. Já ao almoço tive o prazer de comer lagosta à cafreal num oásis de alegria, piadas, brincadeiras e sobretude uma lagosta que encheu as papilas da minha língua como jamais na vida voltei a ter o prazer de saborear, aonde quer que fôsse. Foram umas horas lindas que só a juventude muito unida sabe viver. Em excelente ambiente, íamos convidando o pessoal do exército que lá se encontrava a comer lagosta connosco, como era nosso hábito.
Boa disposição como jamais tinha visto por aqueles lados ao jantar, até parecia que devíamos estar de férias numa praia; comeu-se o bacalhau com batatas, grêlos e ovos assim como certos doces próprios da data: bebeu-se tanto no refeitório como no bar. Como sempre fui uma pessoa pacata e socegada como tantos outros que lá estavam comigo, bebi o meu copinho de vinho e no bar tomei o meu café com aguardente bem portuguesa, que me sabia tão bem... Foi nessa altura que comecei a reparar que um grande número do pessoal não estava lá muito católico: tanto à horizontal como à vertical, como hoje se diz. Fui ao bar dos oficiais e nem cheguei a falar com nenhum, estava ilucidado.
Sentei-me no lado que dava para as pistas e notei que não passava nenhuma ronda e aí eu pensei: "bonito serviço, se houver festival, vai ser um problema".
Se bem que não fosse do meu pelouro, fui buscar a minha arma e comecei a fazer rondas por minha própria decisão, não estivesse algum sentinela a dormir. Lá havia um sentinela que estava aflito, fiquei no posto até que ele voltasse e pelo telefone interno que aí havia, fui sabendo que não havia problemas com os outros.
Já com o sentinela no posto, continuei a volta até chegar àquilo que pomposamente chamavamos porta de armas e qual não é o meu espanto, quando vejo ao longe as luzes de um Jeep. Cá de baixo chamei o sentinela, disse-lhe que devia vir ali o coronel pelo que me deixei ficar do lado de traz do portão.
O sentinela veio abrir o portão, o Jeep passou para o lado de dentro, o coronel Maçanita desceu, "batemos a paula", cumprimento de mão que era seu hábito só connosco, e fui-lhe dizendo que tudo estava a correr bem, sem problemas.
O Senhor foi-se aproximando do bar dos oficiais e eu comecei a sentir umas dôres de barriga de maneira que ao contrário do que costumava fazer, não entrei.
Não sei o que se passou, ao contrário do que era habitual, passado muito pouco tempo o senhor saíu, deu-me a entender que estava tudo bem como eu lhe tinha dito, desejou-me umas Boas Festa e partiu no Jeep com o seu motorista.
A pensar que desta nos tinhamos safado pelo que nem precisava de dizer nada a ninguém, continuei a dar a minha voltinha pelas guaritas, passei novamente no refeitório, no bar aonde havia ainda pessoal muito satisfeito e fui descansar um pouco.
Qual não foi o meu espanto quando comecei a houvir muito falatório baixinho à distância e a um dado momento ouço barulho de um tanque de guerra que se foi colocar entre nós e a pistas. Fui ver o que era e fui informado por um colega que o Maçanita nos estava a cercar. Meu Deus, aquilo era mesmo muita gente a envolver o aérodromo. Nunca esperei.
Disse ao sentinela para me abrir o portão que dava para a pista, fui ter com os rapazinhos a convidá-los para virem comer bacalhau com batatas e os bolos que ainda havia no nosso refeitório mas muito admirados, disseram-me que como estavam em serviço não podiam lá ir e que nem lhes levasse comida.
Enfim, tinhamos os mesmos problemas, só que eles praticavam outro tipo de guerra.
O Coronel Maçanita, talvez se tenha também vingado por ter visto oferecer bacalhau aos seus militares na manhã anterior, uma vez que nessa altura eles não comiam bem, o que nos trazia revoltados mas... cercado pelo exército, foi a noite que dormi mais descansado em Mueda.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para os vossos netiiinhos e

todos os piiiquininos deste Mundo.

O fotógrafo apanhado de surpresa com a passagem do Pai Natal, tirou as fotografias à pressa.
Conseguiu fazer umas fotografias mais perto do que outras do Pai Natal... e ficaram umas com o Pai Natal mais alto e mais magro.
Noutras, o Pai Natal ficou mais gooordo e mais baixo.
Coisas que acontecem.



O Pai Natal como traz muitos brinquedos para os meninos, vem num trenó puxado por uma rena muito bonita, com o saquinho dos brinquedos atrás.


Ao aproximar-se das casas, os brinquedos vão saindo como se vê com este ursinho canadiano.
O Pai Natal entra pela chaminé das casas e vai pôr os brinquedos junto à árvore de Natal.



O Pai Natal, numa das casas aonde entrou, veio à varanda dizer adeus aos meninos que iam a passar.

Muito cansado por ter que entrar em todas as chaminés, o Pai Natal resolveu descansar numa casa.
Dois dos seus seguidores, um que se veste como ele e o "Boneco de Neve", ficaram a guardar a entrada para que ninguém vá tirar os brinquedos.

Logo que tenha descansado, o Pai Natal vai continuar a voltinha para deixar os brinquedos aos meninos.

Aqui fica a estória de um dia de trabalho do Pai Natal.

N A T A L

M O N T R E A L

Iluminações noturnas





quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

N A T A L

M O N T R E A L

Iluminações de Noturnas






N A T U R E Z A

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Que manhã maravilhosa.

Ontem de manhã acordei, levantei-me calmamente, fui até à cozinha qual ratinho do pão com queijo, fiz um café com chocolate com os restos dos pacotes, contornei calmamente a mesa e fui até à porta olhar para a paisagem exterior. – Meu Deus!!!!, que beleza! – A Natureza tinha-se encarregado de pôr umas imitações de árvores feitas em cristal nos quintais trazeiros, nesta época Natalícia: simplesmente fascinante. Como era um dos meus dias de manutenção obrigatória que faço em bicicleta, arranjei-me de acordo com a temperatura que fazia, -10C, éolica 13, humidade 93%, uma máquina pronta a metralhar aonde melhor me parecesse e o resultado, aqui fica.


Que pena não ter o hábito de me levantar às duas ou três da manhã e ir dar uma volta na zona residêncial. As árvores com o reflexo das iluminações de Natal, deviam ter tido uma aparência de sonho.

sábado, 18 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Belezas diferentes.

Fim do ciclo.


Rua durante uma pequena nevada.


Floresta em plena cidade.

Tombe la neige à Montréal.


O Inverno está à porta.


Bom e Feliz Natal.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sol de inverno.

Temperatura fria.

Ao contrário de certas ideias, quando o céu no inverno está limpo com um sol maravilhoso, a temperatura é mais baixa do que com núvens.

As pessoas no Quebec, habituadas à adversidade do clima vão continuando o trabalho exterior enquanto podem, mesmo em condições de vários graus negativos e com vento polar forte.

A baixa temperatura, é notório o aquecimento do corpo quando exposto ao sol, o que as pessoas sempre que podem aproveitam quando se encontram no exterior.


Os que estão a trabalhar à sombra, também não param. É caso para dizer " The Show Must Go On".


O mesmo acontece com os que trabalham na reparação de telhados, expostos a ventos fortes.


Bem se aplica a canção de Gilles Vigneault, num autêntico hino a esta terra: Quebec.

Mon pays ce n'est pas un pays, c'est l'hiver
Mon jardin ce n'est pas un jardin, c'est la plaine
Mon chemin ce n'est pas un chemin, c'est la neige
Mon pays ce n'est pas un pays, c'est l'hiver

...