segunda-feira, 27 de junho de 2011

Turismo no Quebec

O turismo em bicicleta nesta província, é uma realidade.

No caso abaixo podemos ver um casal de turistas em bicicleta parados num cruzamento ao cimo de uma boa ladeira em Montreal. Acontece que já uma vez encontrei um casal idêntico que me pediu informações sobre a cidade e nesse mesmo dia até andei algum tempo com eles. A certa altura disseram-me serem professores universitários em Massachusetts e que vinham fazendo cem kilómetros por dia.
Francamente não fiquei admirado, porque já há uns anos estive com a viúva de um médico que sempre viveram nesta terra e que a um dado momento me começou a falar de Lisboa e terras a sul. Mediante a minha admiração, disse-me que com o marido foram há quarenta anos em bicicleta de Lisboa a Madrid, passando pelo Algarve: um sinal que o turismo em bicicleta, feito de outra maneira porque a época era outra, já não é só dos nossos dias.


A seguir podemos ver o que chamo turismo citadino, ou sejam visitas programadas com bons itinerários, bem sinalizadas e com guias. O ciclismo nesta terra origina milhares de empregos nos mais variados campos.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Descobrindo tesouros

Andar devagarinho em Montreal permite descobrir verdadeiros tesouros. É o caso deste jardim que quando nos aproximamos é um autêntico arvoredo que nos faz desconfiar, porque as árvores estão todas etiquetadas.

Só que olhando por baixo...

E por cima!


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Com fel e vinagre

Não se apanham moscas.

Em plena manhã de nevoeiro, saí de bicicleta e segui a pista do Boulevard de Maisonneuve que vai de Oeste a Este, para ir até à baixa.

No princípio da pista do parque Westmount, uma mamã sempre aos zigues-zagues ia ao telefone e a empurrar o carrinho do bébé num forte nevoeiro, se bem que tivesse a passadeira para peões mesmo ao lado.


Como era um perigo para ela e para a criança, foi feita parar pela polícia que tinha erigido uma barragem no lado oposto do parque. Explicaram-lhe os benefícios de ir na passadeira para peões, perguntaram-lhe se desejava uma garrafa de água, um sumo para ela ou para o bébé e fizeram-na seguir pelo passeio com um sorriso todo simpático.

Todos os ciclistas tiveram que parar.


Fizeram uma sondagem para saberem os caminhos que mais utilisam, se têm ou não pista para bicicletas nesses locais, falaram-lhes nos cuidados a ter tanto nas pistas como nas ruas, perguntaram-lhes se estavam interessados que o especialista que tinham com eles verificasse as suas bicicletas


para depois perguntaram se queriam àgua ou um sumo que tinham para oferecer, assim como um livro sobre os regulamentos para ciclistas e reflectores obrigatórios para as bicicletas. Podem-se ver as bicicletas usadas pelos polícias.

E assim foram desejando boa viagem a todos os interplados.



Na volta, passei pelo Boulevard Réné-Lévesque e notei que certos prédios tinham tendência a desaparecer.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Brincando às escondidas

O esquilo é um animal muito curioso, medroso e sempre pronto a fugir. Por contra, também é muito ingénuo e quando não vê o perigo que ele pressentiu, fica na expectativa ou mesmo descansado pois sente-se protegido.
Este animal quando vê um cão, trepa para uma árvore pelo lado oposto para não o ver e não pára enquanto não chegar a uma parte elevada derivado ao ladrar do animal. Se fôr um gato ou uma pessoa que se aproxime calmamente, ele sobe na mesma pelo lado oposto mas como não vê nem ouve barulho, pára no tronco a uma altura de um metro a metro e meio do chão e fica na expectativa. Há dias encontrei um esquilo que se escondia atrás da sua própria cauda e assim passámos uns minutos a jogar às escondidas. Foi um momento muito divertido.


Apresentações.


Sinais de insegurança aparentes.


Não há nada como um esquilo bem escondido.


Preferiu procurar um lugar mais seguro.


Talvez se sinta mais seguro mas ainda não está bem escondido.


Escondido atrás da sua própria cauda, já está melhor mas ainda se vêm as orelhitas.


Assim, sim. Ele não me vê, está seguro.


E aqui fica a estória de um esquilo precavido, que se sabe esconder de todo o perigo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Do elogio à queda em desgraça

 Na ida a Fátima já mencionada no primeiro capítulo, estava previsto passarmos por Pombal. As minhas amigas tinham reservado quartos numa pensão a tempo e horas, portanto não iria haver nenhum problema. Para lá chegarmos, a partir de um dado momento fomos por montes e vales, a corta mato, para encurtar o caminho que parecia longo. Aí, começaram os primeiros contra-tempos pois já havia algumas horas de marcha, sol forte, subidas e descidas constantes com as pessoas mais velhas a começarem a acusar o cansaço. Assim os mais novos ajudavam as pessoas em dificuldade no que podiam e tudo ia correndo benzinho. Eu estava sempre pronto a dar uma mão de tal maneira que não paravam de me elogiar. Já antes de Pombal deixei as minhas companheiras para trás, levei mais um saco para as aligeirar e fui à procura da pensão aonde tínhamos os quartos reservados. Passei por uma Praça Pública mais pequena que a Praça da Républica em Coimbra mas com o mesmo tipo de pavimento da altura, aonde havia malta da minha idade a jogar à bola. Responsável que era, pensei em relação à bola como a raposa pensou em relação às uvas e lá fui de volta buscar as minhas companheiras.

Chegámos à pensão, lavámos as pernas e os pés em água com sal dentro de umas bacias que nos trouxeram e depois, se bem que ainda muito cedo, deitámo-nos pois era preciso ganhar forças para o dia seguinte. Deitadinho, muito socegadinho, o meu cérebro não me deixava adormecer pois estava sempre a ver as fintas com a bola, as passagens magistrais, o remate expontânio e o gooooool à Artur Agostinho. Era cá um sofrimento... Levantei-me todo sorrateiro, lá fui até à Praça Pública fazer uma jogatana e quando já de noite voltei à pensão ainda sem ter jantado, fui fuzilado com perguntas e gestos como se faz a um condenado por alta traição. Desta vez não só lavei as pernas e os pés, como os sapatos e tudo. Estava bonito mas o jantar que me tinham guardado soube-me a uma fina iguaria que jamais tinha provado.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bicicletas de trabalho

As pessoas no Quebec habituaram-se a utilizar a bicicleta para todos os fins, incluindo o trabalho.


Ao ver a companhia de lavagem de vidros que publico em baixo, fez-me lembrar o amola tesouras e navalhas do meu tempo.
Só que os tempos são outros, o senhor estava vestido a preceito e a companhia também.
Como por estes lados o que conta é o trabalho e na apresentação deste tipo de empresas nem pensam a não ser que sejam grandes companhias, o proptietário desta empresa deve-a ter criado como muito amor e carinho. Tudo me leva a crer que se trata de alguém que perdeu o trabalho e arranjou este meio para sobreviver até arranjar melhor, ou vencer neste campo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Grafitismo mural

Situado num cruzamento aonde passam milhares de carros e peões por dia, trata-se de um grafitismo executado sobre tijoleira muito utilizada como revestimento dos edifícios nestas paragens.

Só é pena o jardineiro não vir tratar das plantas.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mural

Pintura Mural sobre vidro de Nicolas Baier numa parede do departamento de Engenharia e Artes Visuais da Universidade Concórdia. Pelas suas côres e folhas, representa uma ligação entre esta universidade e a cidade de Montreal.