Na continuação de dar a conhecer como é a verdadeira vida na província do Quebec, aproveito hoje um artigo de Jean-Louis Fortin, saído no "Le journal de Montréal" a vinte e sete deste mês na página sete, sobre a greve que levam a efeito os trabalhadores do cemitério Saint-François d’Assise.
Vi neste artigo uma possibilidade de mostrar a diferença de visão sobre o valor atribuído ao trabalho que cada um executa, pois em muitos lados deste planeta, esta valorização do salário não existe e nem é desejada por muitos. Por muito que se diga por este mundo fora, é de facto na América do Norte que a valorização do trabalhador é uma realidade.
É certo que o trabalhador está sujeito a um sistema de trabalho muito rígido pois tem de produzir e a hora de trabalho é para ser paga, mas só assim é possível uma melhor distribuição da riqueza. De notar a aceitação desta realidade pelas partes envolvidas.
Pelo que me tenho apercebido, um dos parâmetros que conta para a atribuição de um salário é o vector "desgaste psicológico".
Assim estes trabalhadores a que habitualmente chamamos coveiros, não fazem há muito o mesmo esforço dos seus colegas de outros países, pelo menos até meados dos anos oitenta do século passado. Abrem a cova com uma pá mecânica, colocam um aro tipo moldura em toda a volta com um pequeno motor para descer a urna que chega em carro funerário e até ào local é levada pelos familiares, amigos ou pelo pessoal da casa funerária. Só depois é que os coveiros voltam a entrar em acção e retiram a moldura e o motor para a seguir com a pá mecânica cobrirem a urna. Como se pode ver, o esforço não é em nada comparado com os referidos coveiros dos anos oitenta passados.
No entanto o desgaste psicológico é enorme e o salário médio proposto pela entidade patronal é de trinta e dois dólares canadianos/hora, ou seja €22.79/hora, perfazendo um salário anual de €45.580.00 pelo que é bem a prova, pois trata-se de um salário superior ao da grande maioria dos mestrados. Pode-se ver a três linhas do fim do artigo do referido jornal, metido em evidência a amarelo. É certo que não são todos que ganham €22.79/hora mas de €19.31 a 21.50/hora, é o maior número.
Não quer dizer que todos os trabalhadores nas diferentes profissões recebam este valor salárial mas há vários campos de trabalho com salários aproximados.
Não quero dizer que por estes lados não haja problemas como em todos os outros países pois quanto maior é a nau, maior é a tormenta.
No entanto esta forma de estar na vida, faz com que em filmes de Hollywood e outros estúdios, vejamos fácilmente pessoas com cursos superiores juntas, que é muito usado por estes lados, ou casados(as) com trabalhadores(as) dos mais diversos ramos e vice versa, tudo dependendo da descrição que desejarmos dar. São pessoas que frequentam os mesmos meios sociais, têm um nível de vida idêntico e por isso o que lhes interessa, é o amor.
Por outro lado aproxima as pessoas muito mais umas das outras mesmo que no dia a dia não se conheçam nem se falam mas quando aparece um problema de ordem social, político ou económico, têm valores muito aproximados num grande número de campos.
Sem dúvida que num país com boa produção e bons salários, a economia anda.
Vi neste artigo uma possibilidade de mostrar a diferença de visão sobre o valor atribuído ao trabalho que cada um executa, pois em muitos lados deste planeta, esta valorização do salário não existe e nem é desejada por muitos. Por muito que se diga por este mundo fora, é de facto na América do Norte que a valorização do trabalhador é uma realidade.
É certo que o trabalhador está sujeito a um sistema de trabalho muito rígido pois tem de produzir e a hora de trabalho é para ser paga, mas só assim é possível uma melhor distribuição da riqueza. De notar a aceitação desta realidade pelas partes envolvidas.
Pelo que me tenho apercebido, um dos parâmetros que conta para a atribuição de um salário é o vector "desgaste psicológico".
Assim estes trabalhadores a que habitualmente chamamos coveiros, não fazem há muito o mesmo esforço dos seus colegas de outros países, pelo menos até meados dos anos oitenta do século passado. Abrem a cova com uma pá mecânica, colocam um aro tipo moldura em toda a volta com um pequeno motor para descer a urna que chega em carro funerário e até ào local é levada pelos familiares, amigos ou pelo pessoal da casa funerária. Só depois é que os coveiros voltam a entrar em acção e retiram a moldura e o motor para a seguir com a pá mecânica cobrirem a urna. Como se pode ver, o esforço não é em nada comparado com os referidos coveiros dos anos oitenta passados.
No entanto o desgaste psicológico é enorme e o salário médio proposto pela entidade patronal é de trinta e dois dólares canadianos/hora, ou seja €22.79/hora, perfazendo um salário anual de €45.580.00 pelo que é bem a prova, pois trata-se de um salário superior ao da grande maioria dos mestrados. Pode-se ver a três linhas do fim do artigo do referido jornal, metido em evidência a amarelo. É certo que não são todos que ganham €22.79/hora mas de €19.31 a 21.50/hora, é o maior número.
Não quer dizer que todos os trabalhadores nas diferentes profissões recebam este valor salárial mas há vários campos de trabalho com salários aproximados.
Não quero dizer que por estes lados não haja problemas como em todos os outros países pois quanto maior é a nau, maior é a tormenta.
No entanto esta forma de estar na vida, faz com que em filmes de Hollywood e outros estúdios, vejamos fácilmente pessoas com cursos superiores juntas, que é muito usado por estes lados, ou casados(as) com trabalhadores(as) dos mais diversos ramos e vice versa, tudo dependendo da descrição que desejarmos dar. São pessoas que frequentam os mesmos meios sociais, têm um nível de vida idêntico e por isso o que lhes interessa, é o amor.
Por outro lado aproxima as pessoas muito mais umas das outras mesmo que no dia a dia não se conheçam nem se falam mas quando aparece um problema de ordem social, político ou económico, têm valores muito aproximados num grande número de campos.
Sem dúvida que num país com boa produção e bons salários, a economia anda.
2 comentários:
Cá estou lendo o teu artigo!
Rafael
Quando criei o blogue foi com o fim de dar a conhecer as vivências desta terra, ficando todo o resto para segundo plano. Como sonhar é possível e não paga imposto, muito gostaria de ver Portugal neste caminho e assim muitas das clivagens que temos, desapareceriam.
Um abraço.
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