segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Caracolinha
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Ciclismo - Caracolinha 001
domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Homem prevenido vale por dois
Huuuuuumm, nem em todos os momentos.
Vivência de uma manhã de frio intenso.
Ontem, pelas seis e trinta da manhã, fui até ao computador ver a meteorologia. Temperatura menos vinte e sete, eólica que é o que conta para os sêres vivos, menos trinta e oito. Fui à cozinha espreitar o termómetro na varanda e não havia engano pelo que comecei a pensar como é que ia meter as orelhas de fora pois com este frio, tinha que ir distribuir a família. É certo que já suportei menos quarenta e dois derivado à baixa temperatura com vento fortíssimo, o que foi muito difícil, uma experiência enriquecedora mas ... nunca fiar.
Vesti o casaco de frio e se costumo sair com umas calças normais com outras quentes por dentro, tomei a decisão de sair com umas calças exteriores próprias para fazer face a baixas temperaturas. Por baixo do casaco duas camisolas para criarem almofadas de ar que mantêm o calor do nosso corpo. O inverso também funciona: o caso dos árabes com várias camadas de roupa no deserto. Na cabeça usei o barrete de ciclismo por baixo do carapuço do casaco e não o chapeu tipo russo. Luvas e botas a condizerem com o clima.
Saí de casa com três garrafas cheias de água morna para o caso de as portas do carro estarem coladas, o que técnicamente é errado. Costumo deitar um pouquinho a acompanhar as juntas, pois a água tem tendência a voltar a congelar. Só que se aquecermos rápidamente o interior do carro, podemos evitar que tal aconteça.
Durante o percurso para o carro, notei que havia uma pequena brisa constante pelo que vi logo que não devia abrir a boca para não secar a garganta.
Chegado ao carro, fiquei todo satisfeito porque as portas não estavam coladas e para mais o meu não fez parte dos cerca de quinze mil que não arrancaram. O carro aqueceu bem mas quando comecei a manobrar, as rodas viravam com muita dificuldade pois os pneus raspavam na neve congelada, autêntica pedra, que estava presa ao carro e às palas de defesa da lama. Não era problema, prevenido, tinha um pé de cabra na mala que comprei logo que cá cheguei e já me serviu numa emergência em 1998, que fez anos este mês. Para apanhar o menos frio possível abri a porta da mala por dentro na alavanca junto ao banco do condutor, saí e quando fui para abrir a mala, a porta estava colada; nada a fazer.
Baixei o banco de trás do meu lado para que o ar quente passasse para a mala e apanhei uma escova de fazer a neve, bati com ela no gêlo junto às rodas até que o cabo se partiu. Permitiu no entanto que as rodas ficassem a virar um pouco melhor. Assim, devagarinho pois mesmo com pneus de inverno o frio tão baixo faz-lhes perder a aderência, levei a minha mulher ao serviço aonde aproveitei para abrir a porta da mala uma vez que já tinha aquecido e com o pé de cabra partir o gêlo junto às rodas, para poder virar livremente em caso de necessidade.
Na volta apanhei a minha filha à porta de casa e começou o pesadelo das bichas infindáveis até chegar à estação de metro mais próximo. Ela foi apanhar o metro para a cidade de Longueuil, cuja estação lhe permite ir interiormente até ao serviço. Não apanha frio. Como é uma estação periférica a Montreal e a Longueil, tem um parque de estacionamento para 2400 automóveis com áreas de acostagem para entrada e saídas dos passageiros. Os passageiros que até aí vão de carro para apanharem o Metro para Montreal todos os dias de manhã e voltarem à noite, podem vir até esta cidade sem estarem em bichas intermináveis além da dificuldade para encontrar lugares de estacionamento chegados aqui. De notar que dentro de Montreal há uma autêntica cidade subterrânea cujas as passagens para pedestres, ligam diferentes estações de metro assim como diferentes edifícios e centros comerciais. Em muitos locais, os próprios corredores têm lojas dos dois lados. Há pessoas que fazem aí a sua vida, essencialmente de inverno, além das que aí trabalham.
Voltei a casa e novamente... as bichas. Foi um problema para encontrar um espaço junto a um Tim Hortons para comprar um café quente, pois o estacionamento estava cheio. Penso sinceramente desfazer-me do carro. É mais prático chamar um táxi ou alugar um carro quando se quer ir fóra e nem por isso no geral ao fim de um ano sai mais caro, além de ser muito mais prático: não há revisões, encher o tanque de gasolina debaixo do frio invernal, estar constantemente nesta época a ver a água do limpa vidros, tirar a neve que cai a todo o momento em cima do carro aonde quer que estejamos, etc. O café quentinho fui levá-lo à minha joínha mais velha pois também é preciso mantê-la.
Voltei para o meu ninho e deitei fora a escova com o cabo partido.
Chegado à cozinha, olhei para a árvore e vi os esquilos que andam sempre a saltar de árvore em árvore, aconchegados uns aos outros, as pernas todas abertas para os corpos ficarem bem encostados à árvore, uns com a cabeça para cima, outros com ela para baixo e muito socegadinhos a apanharem banho de sol.
Se dúvidas houvessem, esvaneceram-se: estava mesmo frio.
Vivência de uma manhã de frio intenso.
Ontem, pelas seis e trinta da manhã, fui até ao computador ver a meteorologia. Temperatura menos vinte e sete, eólica que é o que conta para os sêres vivos, menos trinta e oito. Fui à cozinha espreitar o termómetro na varanda e não havia engano pelo que comecei a pensar como é que ia meter as orelhas de fora pois com este frio, tinha que ir distribuir a família. É certo que já suportei menos quarenta e dois derivado à baixa temperatura com vento fortíssimo, o que foi muito difícil, uma experiência enriquecedora mas ... nunca fiar.
Vesti o casaco de frio e se costumo sair com umas calças normais com outras quentes por dentro, tomei a decisão de sair com umas calças exteriores próprias para fazer face a baixas temperaturas. Por baixo do casaco duas camisolas para criarem almofadas de ar que mantêm o calor do nosso corpo. O inverso também funciona: o caso dos árabes com várias camadas de roupa no deserto. Na cabeça usei o barrete de ciclismo por baixo do carapuço do casaco e não o chapeu tipo russo. Luvas e botas a condizerem com o clima.
Saí de casa com três garrafas cheias de água morna para o caso de as portas do carro estarem coladas, o que técnicamente é errado. Costumo deitar um pouquinho a acompanhar as juntas, pois a água tem tendência a voltar a congelar. Só que se aquecermos rápidamente o interior do carro, podemos evitar que tal aconteça.
Durante o percurso para o carro, notei que havia uma pequena brisa constante pelo que vi logo que não devia abrir a boca para não secar a garganta.
Chegado ao carro, fiquei todo satisfeito porque as portas não estavam coladas e para mais o meu não fez parte dos cerca de quinze mil que não arrancaram. O carro aqueceu bem mas quando comecei a manobrar, as rodas viravam com muita dificuldade pois os pneus raspavam na neve congelada, autêntica pedra, que estava presa ao carro e às palas de defesa da lama. Não era problema, prevenido, tinha um pé de cabra na mala que comprei logo que cá cheguei e já me serviu numa emergência em 1998, que fez anos este mês. Para apanhar o menos frio possível abri a porta da mala por dentro na alavanca junto ao banco do condutor, saí e quando fui para abrir a mala, a porta estava colada; nada a fazer.
Baixei o banco de trás do meu lado para que o ar quente passasse para a mala e apanhei uma escova de fazer a neve, bati com ela no gêlo junto às rodas até que o cabo se partiu. Permitiu no entanto que as rodas ficassem a virar um pouco melhor. Assim, devagarinho pois mesmo com pneus de inverno o frio tão baixo faz-lhes perder a aderência, levei a minha mulher ao serviço aonde aproveitei para abrir a porta da mala uma vez que já tinha aquecido e com o pé de cabra partir o gêlo junto às rodas, para poder virar livremente em caso de necessidade.
Na volta apanhei a minha filha à porta de casa e começou o pesadelo das bichas infindáveis até chegar à estação de metro mais próximo. Ela foi apanhar o metro para a cidade de Longueuil, cuja estação lhe permite ir interiormente até ao serviço. Não apanha frio. Como é uma estação periférica a Montreal e a Longueil, tem um parque de estacionamento para 2400 automóveis com áreas de acostagem para entrada e saídas dos passageiros. Os passageiros que até aí vão de carro para apanharem o Metro para Montreal todos os dias de manhã e voltarem à noite, podem vir até esta cidade sem estarem em bichas intermináveis além da dificuldade para encontrar lugares de estacionamento chegados aqui. De notar que dentro de Montreal há uma autêntica cidade subterrânea cujas as passagens para pedestres, ligam diferentes estações de metro assim como diferentes edifícios e centros comerciais. Em muitos locais, os próprios corredores têm lojas dos dois lados. Há pessoas que fazem aí a sua vida, essencialmente de inverno, além das que aí trabalham.
Voltei a casa e novamente... as bichas. Foi um problema para encontrar um espaço junto a um Tim Hortons para comprar um café quente, pois o estacionamento estava cheio. Penso sinceramente desfazer-me do carro. É mais prático chamar um táxi ou alugar um carro quando se quer ir fóra e nem por isso no geral ao fim de um ano sai mais caro, além de ser muito mais prático: não há revisões, encher o tanque de gasolina debaixo do frio invernal, estar constantemente nesta época a ver a água do limpa vidros, tirar a neve que cai a todo o momento em cima do carro aonde quer que estejamos, etc. O café quentinho fui levá-lo à minha joínha mais velha pois também é preciso mantê-la.
Voltei para o meu ninho e deitei fora a escova com o cabo partido.
Chegado à cozinha, olhei para a árvore e vi os esquilos que andam sempre a saltar de árvore em árvore, aconchegados uns aos outros, as pernas todas abertas para os corpos ficarem bem encostados à árvore, uns com a cabeça para cima, outros com ela para baixo e muito socegadinhos a apanharem banho de sol.
Se dúvidas houvessem, esvaneceram-se: estava mesmo frio.
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Montreal - Frio intenso 004 - Jan 2011 001
Um segredo pessoal
Os leitores ao verem a últimas fotografias que tenho vindo a publicar, têm podido observar o frio que se faz sentir por estes lados.
Para se viver nestas condições não pensem que é difícil, pois basta seguir o exemplo do super célebre "Popeye the sailor man".
Bom apetite.
Para se viver nestas condições não pensem que é difícil, pois basta seguir o exemplo do super célebre "Popeye the sailor man".

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Anedota – Verídica 002
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Estrada da montanha em Montreal
Com uma temperatura de menos vinte e sete graus centígrados e uma eólica de menos trinta e oito às seis e trinta da manhã, tudo seguido de um céu totalmente transparente com um sol a beijar-nos as faces, bem posso agradecer de ter tido tempo para ver esta maravilha. Como esta terra é plena de contrastes, vamos ter uma inversão de temperatura durante a próxima noite, para amanhã termos menos treze graus centígrados.
Quando o gêlo é uma maravilha natural.

domingo, 23 de janeiro de 2011
O Estádio Olímpico está para Montreal
Como a Universidade está para Coimbra.
23 de Janeiro de 2011 07:00H
Alerta de frio eólico intenso.
Temperatura: -22oC.
Eólica: -32oC.
Esta noite: -28oC.
Eólica: a confirmar.
23 de Janeiro de 2011 07:00H
Alerta de frio eólico intenso.
Temperatura: -22oC.
Eólica: -32oC.
Esta noite: -28oC.
Eólica: a confirmar.

sábado, 22 de janeiro de 2011
Frio em Montreal
Mas bela.
22 de Janeiro de 2011 18:30H
Temperatura: -14oC
Eólica: -20oC
Esta noite: -22oC
Eólica: a confirmar
22 de Janeiro de 2011 18:30H
Temperatura: -14oC
Eólica: -20oC
Esta noite: -22oC
Eólica: a confirmar
A outra face da vida
Passando o tempo.
Pobreza
Fatalidade
Miséria.
Vamos passar um fim de semana em que as temperaturas vão rondar os menos dezoito graus que com a eólica, deve ser muito mais baixa.
Os diferentes abrigos em Montreal já prepararam centenas de camas para acorrer as pessoas sem abrigo, dandos-lhes uma dormida e banho condigno. Além disso, continuam outros centro de acolho a dar alimentação diária. Não podemos esquecer a obra de um padre dedicada à recuperação de jovens, que todas as noites com a sua caravana dá uma possibilidade de momentos sentados e sem frio para uma conversa amena, enquanto saboreiam uma sopa que lhes aconchega o estômago.
O saco ainda estava lá.




Vamos passar um fim de semana em que as temperaturas vão rondar os menos dezoito graus que com a eólica, deve ser muito mais baixa.
Os diferentes abrigos em Montreal já prepararam centenas de camas para acorrer as pessoas sem abrigo, dandos-lhes uma dormida e banho condigno. Além disso, continuam outros centro de acolho a dar alimentação diária. Não podemos esquecer a obra de um padre dedicada à recuperação de jovens, que todas as noites com a sua caravana dá uma possibilidade de momentos sentados e sem frio para uma conversa amena, enquanto saboreiam uma sopa que lhes aconchega o estômago.
O saco ainda estava lá.

De realçar o trabalho ao longo de todo o ano dos trabalhadores de rua assim como os benévolos que nesta época, tudo fazem para levar um aconchego ou por os convencer a se recolherem em sítios apropriados.
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Pobreza - Miséria - 004
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Inusitados
Em Calhoum, Georgia, EU, um camião que limpava a neve num parque de estacionamento entrou num buraco mais largo do que ele. Às vezes, acontece.
Ainda bem que não entrou de frente. Para susto e espectáculo, chegou.
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Inusitados - EU 001 - Calhoun - Gerogia 001
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
A vida não para
11.01.17 às 06:50
Temperatura: –220C
Temperatura eólica: –290C
Já agora o BOTA, um SPA sobre a água para aquecer o corpo.
Temperatura: –220C
Temperatura eólica: –290C
Já agora o BOTA, um SPA sobre a água para aquecer o corpo.


Não se admirem pois isto ainda é quente. Na Província de Saskatchwan, a cidade de "La Ronge" está com –380C neste momento, sendo a eólica de –430C. É um frio muito sêco, o que é muito bom.
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Montreal - Inverno 003 - A vida não para 001
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Ano Novo 2011
Vida Nova
Quantas vezes já ouvi isto? – Nem sei. Repetem-no tantas vez...
Até está a ficar com bom aspeto.
Ais os marotos. A rirem-se um para o outro.
Ah! Já se juntaram.
Numa mesa portuguesa, não podia faltar.
Apoteose final.
Quantas vezes já ouvi isto? – Nem sei. Repetem-no tantas vez...
Até está a ficar com bom aspeto.





quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
História do peru do Quebec
Peru de peito largo.
Tendo já nessa época pensado que o peru devia ser bem recheado, e como aqui se compra tudo feito, acharam por bem confecionar um recheio local para o interior do "peito largo", que no nosso caso serve de acompanhamento.

Os primeiros habitantes do Quebec não percebiam nada de política, o que queriam era fazer os seus negócios e comer sem amigávelmente perderem o scalp. Para sobreviverem tiveram que fazer face às mais diversas situações, entre as quais a alimentar.
Assim quando chegava ao Natal, esses pobres cheios de frio e fome, olhavam de soslaio para os amigos índios com tenda aquecida e equipamento para saída dos gazes nocivos, davam-lhe um nó de cana de açucar com águardente para não os embebedar totalmente porque já na época saía cara, piscavam o olho a um peru, metiam-no debaixo do braço e no caminho iam idealizando mentalmente o repasto e o cheirinho de tão boa iguaria.
O problema era que chegados a casa, a mulher punha as mãos à cabeça pois aquele raquítico peru índio sem scalp que o marido trazia, tinha uma cabeça que nunca mais parava de girar e umas pernas senhoras de poderosos músculos, umas patas com unhas bem afiadas mas carne... já nessa altura, era a vingança do chinês em solo norte americano.
Assim, senhores de uma técnica comercial avançadíssima para a época, exportavam com frequência para que o PIB não caísse, numa altura em que ainda não tinham descoberto o "Know all". Para melhor o poderem fazer, foram aliciando os pobres animais roubados com cruzamentos, de que não falo por falta de tempo, para obterem um peru cuja suculenta carne enchesse o espaço entre os dentes dos mais famosos dignitários.
Foi com o trabalho de longos anos, centenas, que apareceu na História do Quebec este altivo e apregoado peru de "peito largo", que hoje fazem a glória das pessoas desta região e de além-fronteiras.
O orgulhoso "peito largo" na açadeira para lhe dar uma certa humidade.
Assim quando chegava ao Natal, esses pobres cheios de frio e fome, olhavam de soslaio para os amigos índios com tenda aquecida e equipamento para saída dos gazes nocivos, davam-lhe um nó de cana de açucar com águardente para não os embebedar totalmente porque já na época saía cara, piscavam o olho a um peru, metiam-no debaixo do braço e no caminho iam idealizando mentalmente o repasto e o cheirinho de tão boa iguaria.
O problema era que chegados a casa, a mulher punha as mãos à cabeça pois aquele raquítico peru índio sem scalp que o marido trazia, tinha uma cabeça que nunca mais parava de girar e umas pernas senhoras de poderosos músculos, umas patas com unhas bem afiadas mas carne... já nessa altura, era a vingança do chinês em solo norte americano.
Assim, senhores de uma técnica comercial avançadíssima para a época, exportavam com frequência para que o PIB não caísse, numa altura em que ainda não tinham descoberto o "Know all". Para melhor o poderem fazer, foram aliciando os pobres animais roubados com cruzamentos, de que não falo por falta de tempo, para obterem um peru cuja suculenta carne enchesse o espaço entre os dentes dos mais famosos dignitários.
Foi com o trabalho de longos anos, centenas, que apareceu na História do Quebec este altivo e apregoado peru de "peito largo", que hoje fazem a glória das pessoas desta região e de além-fronteiras.
O orgulhoso "peito largo" na açadeira para lhe dar uma certa humidade.



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Montreal - Natal 2010 010 - Dia de Natal 001
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Decorações
Iluminações
As iluminações em Montreal ficam durante longo tempo, quer sejam as públicas como as privadas.
Praça Jaques Cartier.


Entretanto nas lojas já se vêm expostos produtos para o São Valentim que será festejado em Fevereiro e para S. Patrick, que tem lugar a meio do mês de Março.
As iluminações em Montreal ficam durante longo tempo, quer sejam as públicas como as privadas.
Praça Jaques Cartier.


Entretanto nas lojas já se vêm expostos produtos para o São Valentim que será festejado em Fevereiro e para S. Patrick, que tem lugar a meio do mês de Março.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Ringue de patinagem exterior
Velho Porto.
Montreal não pára.
O velho porto de Montreal é um local ideal para ser ver barcos de todos os tipos durante o verão, assim como um local de lazer doze meses por ano.
Se no inverno só barcos de grande porte aí estão atracados, a marginal aonde pessoas continuam a fazer a sua manutenção diária, quer seja em corrida a pé, patins de rodas ou bicletas, é nesta época enriquecida com um ringue exterior de patinagem no gêlo.
Criado numa pequenina ilha dentro do próprio porto,
Montreal não pára.
O velho porto de Montreal é um local ideal para ser ver barcos de todos os tipos durante o verão, assim como um local de lazer doze meses por ano.
Se no inverno só barcos de grande porte aí estão atracados, a marginal aonde pessoas continuam a fazer a sua manutenção diária, quer seja em corrida a pé, patins de rodas ou bicletas, é nesta época enriquecida com um ringue exterior de patinagem no gêlo.
Criado numa pequenina ilha dentro do próprio porto,


é não só um dos bons locais que convidam a uma deslocação para se ver os fogos de artifício musicados da época festiva que acabamos de passar,


como um local que atrai imensas famílias durante todo o inverno para a prática da patinagem no gêlo.



Até os bancos servem para propaganda.

sábado, 8 de janeiro de 2011
Consoada de Natal
O ano de 2010, foi um ano difícil no Quebec se bem que não tenhamos sido dos mais tocados até esta data, mesmo que o grande cliente desta província do Canada seja os Estados Unidos. Assim, tomámos a decisão de fazer na mesma a noite de consoada, dentro das nossas raízes mas de uma forma sóbria. Para tal, escolhemos o tradicional bacalhau cozido com batatas mas a frio.
Da minha noite de consoada, aqui fica o testemunho.
Da minha noite de consoada, aqui fica o testemunho.

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Montreal - Natal 2010 009 - Consoada 001
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Faz anos nesta data...
Faz 13 anos que estivemos debaixo de uma tempestade de gêlo, começada a cinco de Janeiro de 1998. Só atravessar o passeio, foi um ato heroico. Chegado ao carro, a antena que estava saída à vertical, tinha um diâmetro de três centímetros.
Ramos e árvores partidas,

fios caídos nas ruas e estradas que além do gêlo acumulado no chão, fizeram com que as pessoas ficassem isoladas nas suas casas e em alguns casos, vários dias sem luz. Quando os fios se partiam, os postes perdiam o equilíbrio provocado pelo pêso desigual de um dos lados, originando as suas quedas em dominó. A camada de gêlo fez com que o pêso dos ramos das árvores e dos fios aumentasse trinta e três vezes.
Ao todo, pelo que ouvi na altura ou li nos médias, tinham-se perdido mais de vinte mil postes de madeira e cerca de duzentos e sessenta de alta tensão, além de mais de cem mil kilómetros de cabos.
O corte de auto-estradas, estradas, ruas e pontes, tornou-se num problema sério para os serviços de urgência. A situação deu origem a desastres inesperados, assim como a incêncios provocados pela queda dos fios em cima de casas.
Este fenómeno que segundo as estatísticas acontece uma vez em cada cem anos, foi originado por uma núvem quase contínua na sua passagem que durou cinco dias nesta zona, com cerca de quatrocentos kilómetros de comprimento.
A falta de luz, na célebre "sexta feira preta", levou a que a elétricidade que entrava em Montreal fôsse canalizada para os hospitais e oficina de depuração de águas, que esteve a duas horas do corte total do fornecimento. Esta situação fez com que nos bastidores, os reponsáveis começassem a pensar na evacuação de Montreal. Para dificultar, nesse momento, já haviam três pontes fechadas.
Assistimos a evacuações obrigatórias para centros comerciais, ginásios, escolas e igrejas devidamente aquecidas, das pessoas que habitavam em casas com sistemas de aquecimento elétrico. É esta evacuação que dá origem a que nove meses mais tarde, nascessem 900 bébés a mais do que o habitual. As novas mãmãs afirmaram aos médias, que os confecionários das igrejas não foram alheios a tal situação.
Começou-se a temer pelas pessoas doentes em casa que teriam de tomar os seus medicamentos diáriamente, muito especialmente os acamados e a terceira idade.
Sendo hábito o Quebec ir em socorro da província de Ontário e dos EU quando se lhes apresentam fatalidades destas e de outros tipos, Ontário cedo se pôs à disposição para enviar equipas de electricistas, com os respetivos equipamentos. Para admiração nossa, os EU também na mesma altura informavam que já tinham equipas completas prontas a passarem a fronteira, só que agradeciam que cada equipa fôsse enquadrada por pessoal do Quebec, uma vez que os seus homens não estavam habituados a trabalhar com temperaturas tão baixas. A 8 de Janeiro, depois de toda a logística ter sido preparada para os receber, 130 camiões com 1.000 homens entre efetivos e reformados, foram mostrados pela TV a atravessarem a fronteira. A moral começou a subir, lembravam-se de nós.
Entretanto a Hydro Quebec já tinha dois mil homens a trabalharem, incluindo efetivos seus, reformados e empresas privadas.
Vou aproveitar os próximos dias para expôr passagens expecíficas do que aconteceu.
Ao fim de cinco dias a queda de gêlo parou mas o Quebec só voltou à normalidade em fins de Janeiro, continuando em Montreal e noutras localidades, a limpeza das ruas.
Ao todo, pelo que ouvi na altura ou li nos médias, tinham-se perdido mais de vinte mil postes de madeira e cerca de duzentos e sessenta de alta tensão, além de mais de cem mil kilómetros de cabos.
O corte de auto-estradas, estradas, ruas e pontes, tornou-se num problema sério para os serviços de urgência. A situação deu origem a desastres inesperados, assim como a incêncios provocados pela queda dos fios em cima de casas.
Este fenómeno que segundo as estatísticas acontece uma vez em cada cem anos, foi originado por uma núvem quase contínua na sua passagem que durou cinco dias nesta zona, com cerca de quatrocentos kilómetros de comprimento.
A falta de luz, na célebre "sexta feira preta", levou a que a elétricidade que entrava em Montreal fôsse canalizada para os hospitais e oficina de depuração de águas, que esteve a duas horas do corte total do fornecimento. Esta situação fez com que nos bastidores, os reponsáveis começassem a pensar na evacuação de Montreal. Para dificultar, nesse momento, já haviam três pontes fechadas.
Assistimos a evacuações obrigatórias para centros comerciais, ginásios, escolas e igrejas devidamente aquecidas, das pessoas que habitavam em casas com sistemas de aquecimento elétrico. É esta evacuação que dá origem a que nove meses mais tarde, nascessem 900 bébés a mais do que o habitual. As novas mãmãs afirmaram aos médias, que os confecionários das igrejas não foram alheios a tal situação.
Começou-se a temer pelas pessoas doentes em casa que teriam de tomar os seus medicamentos diáriamente, muito especialmente os acamados e a terceira idade.
Sendo hábito o Quebec ir em socorro da província de Ontário e dos EU quando se lhes apresentam fatalidades destas e de outros tipos, Ontário cedo se pôs à disposição para enviar equipas de electricistas, com os respetivos equipamentos. Para admiração nossa, os EU também na mesma altura informavam que já tinham equipas completas prontas a passarem a fronteira, só que agradeciam que cada equipa fôsse enquadrada por pessoal do Quebec, uma vez que os seus homens não estavam habituados a trabalhar com temperaturas tão baixas. A 8 de Janeiro, depois de toda a logística ter sido preparada para os receber, 130 camiões com 1.000 homens entre efetivos e reformados, foram mostrados pela TV a atravessarem a fronteira. A moral começou a subir, lembravam-se de nós.
Entretanto a Hydro Quebec já tinha dois mil homens a trabalharem, incluindo efetivos seus, reformados e empresas privadas.
Vou aproveitar os próximos dias para expôr passagens expecíficas do que aconteceu.
Ao fim de cinco dias a queda de gêlo parou mas o Quebec só voltou à normalidade em fins de Janeiro, continuando em Montreal e noutras localidades, a limpeza das ruas.
Gêlo retirado de cima do asfalto.

Tipo de maquinaria que foi necessária.

domingo, 2 de janeiro de 2011
Faz hoje anos.
Levantei-me, fui-me lavar, fazer a barba, um sol radioso com que Mueda quase todos os dias nos brindava e saí na direção do refeitório para tomar o pequeno almoço.
Bem disposto, os bons dias entre companheiros, as conversas habituais e eu sem desconfiar de nada.
Saí do refeitório e fui até ao único edifício em pedra que dava para as pistas aonde estavam os diversos serviços. Estava muito bem encostado numa mesa quando vem um colega com um saco de papel pardo. Abriu-o, tirou um bolo de arroz com uma vela azul que tinham vindo num avião que teve de aterrar em Porto Amélia no dia anterior e acendeu a vela. Inicialmente admirado, emocionado sem querer mostrar, enchi o peito, apaguei a vela tendo tido que comer o bolo.
Um simples bolo de arroz...
É verdade, como sempre que alguém fazia anos, nesse dia houve um cálice de água ardente gratuita no bar para todos os que tomassem o seu cafésinho, a seguir às refeições.
Bem disposto, os bons dias entre companheiros, as conversas habituais e eu sem desconfiar de nada.
Saí do refeitório e fui até ao único edifício em pedra que dava para as pistas aonde estavam os diversos serviços. Estava muito bem encostado numa mesa quando vem um colega com um saco de papel pardo. Abriu-o, tirou um bolo de arroz com uma vela azul que tinham vindo num avião que teve de aterrar em Porto Amélia no dia anterior e acendeu a vela. Inicialmente admirado, emocionado sem querer mostrar, enchi o peito, apaguei a vela tendo tido que comer o bolo.
Um simples bolo de arroz...
É verdade, como sempre que alguém fazia anos, nesse dia houve um cálice de água ardente gratuita no bar para todos os que tomassem o seu cafésinho, a seguir às refeições.
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Moc - Recordações - Mueda 002
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