sábado, 30 de abril de 2011

Desmistificação

Na continuação de dar a conhecer como é a verdadeira vida na província do Quebec, aproveito hoje um artigo de Jean-Louis Fortin, saído no "Le journal de Montréal" a vinte e sete deste mês na página sete, sobre a greve que levam a efeito os trabalhadores do cemitério Saint-François d’Assise.
Vi neste artigo uma possibilidade de mostrar a diferença de visão sobre o valor atribuído ao trabalho que cada um executa, pois em muitos lados deste planeta, esta valorização do salário não existe e nem é desejada por muitos. Por muito que se diga por este mundo fora, é de facto na América do Norte que a valorização do trabalhador é uma realidade.
É certo que o trabalhador está sujeito a um sistema de trabalho muito rígido pois tem de produzir e a hora de trabalho é para ser paga, mas só assim é possível uma melhor distribuição da riqueza. De notar a aceitação desta realidade pelas partes envolvidas.
Pelo que me tenho apercebido, um dos parâmetros que conta para a atribuição de um salário é o vector "desgaste psicológico".
Assim estes trabalhadores a que habitualmente chamamos coveiros, não fazem há muito o mesmo esforço dos seus colegas de outros países, pelo menos até meados dos anos oitenta do século passado. Abrem a cova com uma pá mecânica, colocam um aro tipo moldura em toda a volta com um pequeno motor para descer a urna que chega em carro funerário e até ào local é levada pelos familiares, amigos ou pelo pessoal da casa funerária. Só depois é que os coveiros voltam a entrar em acção e retiram a moldura e o motor para a seguir com a pá mecânica cobrirem a urna. Como se pode ver, o esforço não é em nada comparado com os referidos coveiros dos anos oitenta passados.
No entanto o desgaste psicológico é enorme e o salário médio proposto pela entidade patronal é de trinta e dois dólares canadianos/hora, ou seja €22.79/hora, perfazendo um salário anual de €45.580.00 pelo que é bem a prova, pois trata-se de um salário superior ao da grande maioria dos mestrados. Pode-se ver a três linhas do fim do artigo do referido jornal, metido em evidência a amarelo. É certo que não são todos que ganham €22.79/hora mas de €19.31 a 21.50/hora, é o maior número.
Não quer dizer que todos os trabalhadores nas diferentes profissões recebam este valor salárial mas há vários campos de trabalho com salários aproximados.

Não quero dizer que por estes lados não haja problemas como em todos os outros países pois quanto maior é a nau, maior é a tormenta.

No entanto esta forma de estar na vida, faz com que em filmes de Hollywood e outros estúdios, vejamos fácilmente pessoas com cursos superiores juntas, que é muito usado por estes lados, ou casados(as) com trabalhadores(as) dos mais diversos ramos e vice versa, tudo dependendo da descrição que desejarmos dar. São pessoas que frequentam os mesmos meios sociais, têm um nível de vida idêntico e por isso o que lhes interessa, é o amor.
Por outro lado aproxima as pessoas muito mais umas das outras mesmo que no dia a dia não se conheçam nem se falam mas quando aparece um problema de ordem social, político ou económico, têm valores muito aproximados num grande número de campos.
Sem dúvida que num país com boa produção e bons salários, a economia anda.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Maravilha

Esta pista de ciclismo tem vindo ao longos dos anos a ser considerada umas das três mais belas do mundo.

Estas fotos foram tiradas de manhã, depois da hora de tráfego.

Uma vista da pista.

Três a correrem.
A pista destes pedestres é a de terra ao lado mas ninguém diz nada a não ser a polícia, pois é lá que os três se sentem bem e as pessoas pensam sempre na lei natural dos mais vulneráveis.

Manutenção a dois. Mãmã em patins e o bébé a tomar ar.

Mercado Atwater com a sua torre. É só passar a ponte.

Récem mãmãs com os bébés nos carrinhos passeiam-se com a instructora ao lado, para recuperarem a forma e o perfil.

Na própria piiiista... É isto que os ciclistas não compreendem.

Montreal

"A Bela", mesmo com smog.

Um modo de vida diferente.

terça-feira, 26 de abril de 2011

25 de Abril

Reflexão

Fez ontem anos que teve lugar em Portugal o golpe de estado que o conduziu à Democracia, após quarenta anos de ditadura.

Foi quando me estava a lavar de manhã que me lembrei em que dia estava. Muitos filmes me passaram pela mente antes e depois do 25 de Abril, se bem que tudo relacionado com o mesmo assunto.
Fui das pessoas que foram estando mais ou menos informadas com o desenrolar do que os militares previam fazer pois consideravam-me uma pessoa moderada. A 17 de Março, dia a seguir a uma tentativa falhada de golpe de estado, estava na cave da empresa aonde trabalhava e um elemento do MFA veio-me dizer que a situação era irreversível. Alguns dias antes do 25 de Abril fui informado pelo mesmo elemento que a situação estava "mesmo a rebentar" e foi-me falando sobre o que os militares fariam cronológicamente nas diferentes colónias, se o golpe militar falhasse. No dia 25 de Abril quando soube que tudo já estava em marcha foi um momento de alegria, se bem que não fôsse espontânea pois já esperava e pensava sinceramente no futuro das nossas colónias, se bem que me tivessem deixado sempre descansado quanto à independência das mesmas. Jamais me tinha esquecido que o Dr. Mondlane antes de ser assassinado, tinha deixado bem claro que a indepência sem quadros nacionais, mesmo que levassem tempo a fazer, jamais seria de aceitar. Só que a dinâmica foi outra, tal não se fez e quem contactava comigo demitiu-se assim como outros elementos do MFA pelos mais variados motivos. Em Portugal sei que houve alegria expontânea da nossa juventude, outros portugueses que ficaram simplesmente alegres e outros na expectativa pois não estando contra o que viviam, era a incerteza do futuro. É certo que não tenho dúvidas que salvo raríssimas excepções o 25 de Abril foi de todos, mesmo com pontos de vista diferentes mas jamais os verdadeiros democratas irão querer ser só eles o apanágio desse dia. Só que mesmo em Lisboa aconteceram muitos problemas em pouco tempo, como o de uma família a viver há muito em Montreal em que o marido nesse dia de manhã ao saber o que se passava, deixou a sua casa em Setubal e foi-se pôr no cimo de uma árvore para ver bem a rendição da ditadura personalizada em Marcelo Caetano. Pouco tempo depois trabalhava sem ganhar dinheiro nos estaleiros, comia gratuitamente nos mesmos, coisa que antes jamais tinha feito pois levava a lancheira uma vez que não gostava da comida que eles davam. A necessidade a tal o obrigou. Só que para voltar a ganhar a dignidade a que tinha direito, veio até Montreal com a família.
Pensar que estes erros e muitos mais existiram, sem dúvidas nenhumas mas querer voltar ao passado, jamais. Fiquei admirado com o que disse recentemente Otelo mas não me admira: nunca gostei dele pois quando se faz um acto da envergadura como ele fez e é de louvar, deve-se prever um mínimo de situações pois devia estar consciente que toda a sociedade portuguesa e das ex-colónias estavam em jogo. Muitos milhões de pessoas.
Para mim, tivemos muita sorte no nosso caso pois apareceram Mário Soares e Ramalho Eanes na altura certa. Podem ser contestados, não tenho dúvidas mas deixaram obra enquanto os outros só sabiam falar. Se Ramalho Eanes estabilizou as forças armadas e automáticamente o próprio país, Mário Soares com o seu pêso internacional ia obtendo dádivas internacionais que nesse momento eram precisas para estabilizar a democracia. Foi o mal necessário por muitos aspectos, até para o futuro mas foi esse dinheiro que foi permitindo a sobrevivência do novo sistema democrático. Foi no entanto o hábito adquirido de pedir dinheiro sem produção, que nos levou à situação extremamente crítica dos nossos dias. Fazíamos tudo com dinheiro emprestado e nem notávamos que a Europa nos tentava recuperar como hoje se utiliza dizer em relação aos prevaricadores na vez de os punir, uma vez que nos emprestavam o dinheiro mas iam técnicos seus verificarem as nossas obras. Não acreditavam na nossa capacidade. Os nossos políticos na procura do voto fácil escondiam a verdadeira situação, se bem que uma pessoa pudesse desde logo se aperceber quando se deram as primeiras vendas de ouro, que eles andavam bem falantes, explicavam à sua maneira porque é que efectuavam a venda mas jamais na mesma altura marcavam prazos para a sua recuperação. Esbanjava-se sem produção que criasse riqueza, quando as condições para criação de produção era a eles que competia além do muito dinheiro mal gasto, mesmo em luxúria e situações inexplicáveis. Não me esqueço que não tiveram capacidade para chegarem a um acordo entre eles que ficaria entre nós portugueses e neste momento estão dispostos a acordar em conjunto a entrega do nosso país a uma companhia privada estrangeira chamada FMI, sem condições. O que deu o orgulho de cada um!!!! – se assim lhe pudermos chamar.

Hoje chamam-se todos os adjectivos depreciativos a esses senhores mas de facto nós todos tivemos muita culpa. Vamos falando contra os políticos mas deixando-os fazer tudo, pois nós mesmos criámos expectativas e anseios que víamos resolvidas através de partidos e deixá-mo-nos dividirem-nos a pontos de jamais reagirmos. Confundimos política eleitoral com interesses dos cidadãos. Era a nós que competia de os convidar a reuniões para sermos ilucidados casos eles não as criassem, ficando bem claro que com todo o respeito a mesa era para eles e a população nas cadeiras. Jamais sentados com eles e se houvesse caso para tal, fazer-lhes vêr bem o nosso desagrado sem jamais criar o poder na rua. Que o desagrado fôsse só na sala em presença de forças de segurança. Exponho pela experiência vivida no Quebec com excelentes resultados, pois já aconteceu. Além de medidas tomadas no sentido inverso em vários casos pelo governo, até já chegou a pedir desculpas públicas!!!!! A isto chama-se Democracia. O político é uma pessoa que merece ser bem tratada pois assumiu o seu cargo com a visão de melhorar a vida dos cidadãos de um país, trabalhando sem descanso, perdendo muitas vezes o verdadeiro contacto físico com a família, mesmo com os filhos mas tem que fazer por o merecer. Se não é capaz por qualquer que seja o motivo, que parta e ninguém lhe chamará nomes. Essa vida não é para ele.

Neste momento a Europa acha que o tempo da compreensão ao longo de todos estes anos chegou a seu termo e dá-nos a punição: FMI.

Que saibamos humildemente tomar as rédeas do nosso destino na vez de orgulhosamente pobres chamarmos nomes aos outros. Que se saiba humildemente obedecer, pois económicamente pusémos a camisa toda de fora.

Portugal tem sem dúvida todas as condições para sair da situação criada mas para isso tem de criar leis pelo que vou vendo por aqui, ou se as tem, não pode perder mais tempo para as pôr a funcionar dentro do que a democracia exige, sem olhar a quem. Não se pode receber um digno duvidoso com apertos de mão, abraços ou mesmo uma salva de palmas.

Como não vejo utilizarem o direito à informação de forma constante numa situação destas, penso que uma lei idêntica ao que já existe noutros lados seria imensamente benéfica.
Todo o cidadão nestes lados que queira tirar uma dúvida do que se passa ou passou sobre um assunto num organismo público ou empresa pública, escreve num papel a que passa a chamar documento o que deseja saber e com €3.60, fica com direito a ser totalmente informado. Pode apanhar o papel do chão pois a vida está cara e aqui também não ligam a isso. Simplicidade. Habitualmente os diversos serviços entregam fotocópias do que há em arquivo e não tentam enganar porque pode ser considerado conivência, pois para tal há outra lei de que falarei abaixo. Só no caso de ser considerado segredo de estado, podem cobrir a preto certas linhas, habitualmente com marcador, como já vi.

Lei de deontologia ética com poder compulsivo: - é necessária uma lei de deontologia que viria a dar credibilidade aos políticos. Uma lei que funcione dentro do que fôr estabelecido como ético, extramamente precisa para não dar direito a interpretações diferentes de forma constante e deve abranger um largo leque, incluindo casos crimes. A referida lei deveria determinar a punição como a perca de todos os poderes políticos durante um período, como por exemplo: dez anos. Durante esse tempo o prevaricador(a) não tem direito a passaporte nem a emprego público ou professorado em qualquer estabelecimentos de ensino, para que a democracia não dê maus exemplos porque ele já os deu.

A lei anti-conivência: todo aquele(a) que esconda um caso crime de qualquer origem que seja ou um caso de deontologia, será condenado automáticamente com a mesma sentença do prevaricador.
Isto dá um resultadão nos mais diversos campos.

Uma lei de prevenção que permita a uma pessoa de apresentar queixa sem ser incomodado pela polícia. É aos seus proficionais de irem verificar até que ponto o que lhes foi comunicado tem fundamento ou matéria crime. Outra lei que também dá um resultadão, quer o prevaricador seja um político, um polícia, um vizinho(a) que bate em todos lá na casa, droga, etc, etc. É claro que se uma pessoa começar a abusar do sistema com várias informações falsas em curtos espaços de tempo, alguém tem de falar com o habitual queixoso para ver aonde está o problema mas mais ninguém sabe.

Tanto a lei do direito à informação como a da anti-conivência assim como a da prevenção, estão em vigor por estes lados e a lei de deontologia ética existe sem punição mas vai ser só uma questão de tempo. Os jornalistas de inquérito neste e noutros casos não lhes dão chance nenhume.

Formação de jornalistas experimentados em jornalismo de inquérito, pois leio nos jornais uma notícia ou outra mas perdidas no contexto que se vive e sem continuidade.

Motivação para que as mulheres comecem a acederem a todos tipos de profissões, muito especialmente o político e aí apaparicadas porque o mundo macho desse meio não lhes dá chance nenhuma mas mesmo nenhuma. Bem pelo contrário, vai-se aproveitar do mínimo erro ou defeito, mesmo físico para as destruir. Podem crer que se tem notado a sua eficiência, especialmente por um assunto muito importante já acima descrito: a ética.

Se de facto houver uma consulta pública para uma consertação social que não conseguiram entre eles, seria o grande momento para obrigar os políticos a aceitarem condições que mudem o comportamente a que nos habituaram. Basta só aproveitar as redes de comunicação social.

Já nos anos sessenta disse a um patrão que ele falava com o pessoal sem receber respostas mas que eles o compreendiam muito bem e nas línguas deles, iriam falar uns com os outros porque sabiam muito bem o que pensavam: eram pessoas e por isso com inteligência.

Sei que não sou um escritor mas como se diz por estes lados, o que é necessário é transmitir a mensagem.

Já agora deixo aqui uma quadra de uma canção muito conhecida e que cantarolava imensas vezes no passado.

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Pois bem, como tantos outros temos aprendido à nossa custa mas que os nossos netos tenham uma ideia do que custou a liberdade pois estando eu mais perto dos setenta que dos sessenta, eu e os jovens do meu tempo já não somos mais meninos. O tempo passou.

domingo, 24 de abril de 2011

Co-produção

Luso-Canadiana-Belga.

Com cheirinho português.

sábado, 23 de abril de 2011

PÁSCOA FELIZ

O poder das flôres.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

FELIZ PÁSCOA

São os votos sinceros que o Aaaqui deseja a todos os leitores deste blogue.



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Intervalo sindical

No Quebec, todas as pessoas fazem habitualmente três intervalos no tabalho: um para almoço e mais dois, sendo um no período da manhã e outro no da tarde com a duração de quinze minutos cada. Como tal não é imposto pelo código do trabalho mas vem de acordos entre os sindicatos e a entidade patronal, muitas pessoas chamam a cada um desses intervalos de "intervalo sindical" também muito conhecido pelo nome de "intervalo café".

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fachadas em Montreal

Montreal é uma cidade plena de contrastes, mesmo nas fachadas das casas como se pode ver pela pintura neste caso.
Nos nossos dias vão-se encontrando casas com as fachadas pintadas em diferentes locais, pois a cãmara criou um programa de ajuda em obras de recuperação por causa do turismo, como se pode ver abaixo.

Erosão

Quando a Natureza é arte.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sirop d’érable

O "sirop d’érable" é um tipo de líquido aducicado muito parecido com a côr do mel mas muito mais liquefeito. Como tudo o que é doce, sabe muito bem e tem sido utilizado na cozinha em imensos pratos. Um pequeno almoço com panquecas e um ovo escalfado no sirop d'érable sobre uma torrada, fiambre, bacon e salsichas, tudo regado no mesmo não é de deixar passar. Um tipo de feijão pequeno cozinhado à época do sec. XVII e regado com "sirop d'érable"

não esquecendo a sopa do mesmo tipo cozinhada à antiga, é de perder tempo a saborear.

Para fechar uma tarte do mesmo produto, é divinal.

No passado este tipo de xarope tornou-se célebre, pois deu origem a algumas situações e movimentos. Foi com ele, que os grandes cientistas índios salvaram os marinheiros franceses do escorbuto no século XVI, assim como de várias outras doenças. Foi este produto que pela primeira vez fez pensar a França que o seu poderio económico e militar da época, não era capaz de fazer face a todas as situações. Assim, a sua colónia denominada "Nova França", depois chamada Canada e hoje Quebec, tinha sido proibida de produzir açúcar, o que na época era um bem essencial. Esta colónia tinha de comprar todo o açúcar à França, mesmo que produzido noutra colónia muito mais perto. Assim os colonos, quer fôsse por ser mais barato ou por vingança, passaram a açucarar toda a alimentação e bebidas com o líquido da seiva da "anneda" colhido na primavera, um dos tipos do cedro branco, depois de a fazer ferver.

Antigo fogão de lenha só para exposição. Ainda há quem use destes fogões hoje em dia.

A prática alimentar chegou até aos nossos dias e a folha desta árvore está bem explícita no centro da bandeira do Canada. Benditos estes resistentes que trouxeram até hoje este tipo de xarope adocicado, que os grandes espíritos índios nos aconcelham a saborear.
Ainda hoje as pessoas nesta época se deslocam todos os anos à "Cabane à Sucre", em pleno meio da floresta,

para saborearem uma deliciosa refeição cozinhada como no passado e de que falarei num artigo próximo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eleições Federais

No meu último artigo apresentei diversos problemas de Montreal assim como uma visão do futuro dentro do mesmo campo.
Ao longo de todos estes anos vividos nestas terras, vejo hoje nas eleições federais uma oportunidade para mostrar que ao contrário do que muitas pessoas pensam, este país não é um país de vida fácil por ser rico mas pela facilidade que os seus responsáveis nos proporcionam no dia a dia.

Por contra nesse mesmo dia a dia, no que respeita a trabalho, é do que há de duro. Todos têm que assumir as suas responsabilidades a todos os níveis no meio de uma floresta serrada. O estado contra cidadãos é natural mas fácilmente se vê os cidadãos contra organismos estatais e políticos, de forma legal. Também ver empresas contra empresas, contra o estado, contra empregados é normal mas o contrário também. O mesmo acontece entre sindicatos, sindicatos e patrões, assim como sindicalizados contra os próprios sindicatos. As desavenças entre as diferentes partes acima descritas, estado, patrões e empregados, acontece como em todos os países.

No que respeita a estas eleições federais, entre a diferente informação que nos enviaram para casa a fim de irmos votar, há um cadernozinho que nos explica como o fazer e numa das páginas vem a descrição da identificação necessária para votarmos como mostro em baixo.

Francês.
Inglês



Como se pode notar até uma carta de condução, licensa de pesca, cartão da biblioteca, etc. dão para votarmos. Mas se a pessoa fôr a passar a pé ou num meio de transporte e por acaso notar que está em frente do local de voto, até pode apresentar uma carta plástica bancária, um cartão de uma companhia de seguros a que esteja ligada, uma factura dos serviços públicos como telefones, electricidade, etc, que muitas vezes as senhoras trazem na carteira. Num caso de um sem-abrigo, até um papel a que se chama documento devidamente assinado pelo responsável de um refúgio ou de uma sopa popular, serve. Nada disto leva à desordem. Para aqueles que lêm uma das duas línguas ou mesmo as duas, podem ver o que é de facto um "easy country" de que os nacionais se queixam que está tudo cada vez menos facilitado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Montreal e os seus constrastes

Estado das ruas.


Échangeur Turcot.

Maravilha bruta e orgulho destas Gentes, esta encruzilhada de estradas hoje velha, com o piso em mau estado como quase toda a cidade, pleno de ferrugem, vai ser todo demolido e reconstruído.


É nesta dinâmica que admiro estas gentes. Como se pode ver neste artigo há ruas em péssimo estado mas que começam a serem reconstruídas se bem que vá demorar o seu tempo, um passado com caminho aberto para o futuro como no Échangeur Turcot e em baixo o futuro com várias construções em plena cidade, com um número de guindastes interessante. Bem se pode aplicar nesta cidade a frase, "The show must go on".


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Manhã cedo de domingo em Montreal

Em pleno meio da cidade e no mesmo cruzamento em pouco tempo.


Manutenção nas pistas de ciclismo do canal de Lachine.


Até o puto já corre.

Este ainda ia a dormir. Ao menos levava boa música.

Ultrapassagem perfeita.


Neste país, até os cães têm de saber interpretar os sinais.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

No epicentro de Belém colocados
Os políticos muito bem sentados
Depois de muito admirados
Com o PEC desconsolados

Pois o PEC não foi aprovado
A Pátria ficou desgraçada
O estrangeiro admirado
Vamos pedir emprestado

Falta Tacher, falta Soares
De braço sempre avançado
Vem Merkel com olhares
Vem o Socrates, depenado

Só que o ouro evaporou
Foi gastar ao desbarato
A dívida multiplicou
O povo ficou abstracto

Dinheiro emprestado, não
Seria um grande trabalhão
Como é que tudo vai acabar
Anda todo o País a pensar.

Acordo social nem pensar
Para todo o mundo enganar
Venha dinheiro para estragar
Pois até o povo vai gastar

Voltam patrões e empregados
O político para controlar
Greves, acordos com machados
Belém para acompanhar

O dinheiro traz sorrisos
Enche o peito aos politicos
Saltam mais impovisos
Pr’a ficar tudo em fanicos

Quando o dinheiro acabar
Vai todo o mundo gritar
Que político é para estragar
E ao PEC ... vai-se voltar

Mañana



Obra em cabo coaxial, betão e aço de Daniel-Vincent Bernard - 2009

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Arte ecológica

Escultura em tronco de árvore na montanha.

terça-feira, 5 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011