domingo, 28 de fevereiro de 2016

Uber, taxis, Governos, manifestações e economia

Têm tido lugar um pouco por todo mundo diversas manifestações contra o sistema de exploração Uber, por sinal muito bem elaborado e económico de uma maneira geral. Nota-se uma satisfação notória dos seus clientes.
Hoje conhecemos alguns tipos de taxis que levam passageiros e carga de um ponto ao outro, como carros, aviões, barcos e bicicletas. O que vou aqui tratar é dos taxis automóveis, assim conhecidos porque têm um taxímetro que apresenta o valor da corrida ou deslocação.
De facto os taxistas cometeram o erro de não terem evoluído na exploração da sua indústria ao longo de todos estes anos e muito mais de terem-se desleixado no trato com os clientes. Hoje em certas cidades espalhadas por este mundo fora apanhar um taxi é difícil e por isso apareceu a Uber mas pior ainda, nas corridas pequenas o taxista tradicional é capaz de tratar mal o cliente durante toda a viagem. Aconteceu comigo quando apanhei um táxi no aeroporto de Lisboa para o Campo Pequeno. Foi um pesadelo a que não estava habituado pois em Montreal aonde vivo, já os chamei várias vezes para percursos rondando os CAN$5.00 (€3.27) e fui sempre bem tratado. Isto não quer dizer que os taxistas com o aparecimento de Uber, não estejam numa situação de desigualdade laboral. Sem dúvida que a concorrência e a criação de normas de trabalho, os vai obrigar a melhor se comportarem.
Se por um lado é a eles de fazerem um esforço com novas aplicações e meios que facilitem o pagamento através do uso de cartas, localização do taxi disponível mais próximo para que a corrida saia mais barata, etc, o certo é que muitos utilizaram as suas poupanças para comprarem uma licença com o fim de poderem trabalhar na indústria mas também com a finalidade de mais tarde virem a fazer algum dinheiro com a sua revenda para fazerem face à velhice. Por outro lado encontram-se numa situação difícil porque têm de pagar impostos que os motoristas da Uber não pagam, se bem que se conste que também os taxistas fogem a certos impostos.
À primeira vista seria fácil de resolver pois não pagando os motoristas ao serviço da Uber os imposto como os taxistas e se tal está previsto na lei dos países em questão, o pessoal que trabalha para a Uber encontra-se numa situação ilegal.
É aqui que nasce a questão principal. Se é ilegal, porquê tantas manifestações que dão prejuízos económicos elevados aos diferentes países aonde têm sido feitas? Porque é que tanto as associações de taxistas como os governos não apresentam junto dos tribunais uma injunção permanente para que seja proibido o sistema Uber e similares?
Quando um país não é capaz de impôr as suas leis e os cidadãos têm de recorrer à rua ou aos tribunais para que as mesmas sejam executadas, há um verdadeiro problema de democracia.
Tudo leva a crer que deve haver outros interesses mais políticos do que económicos que estão por trás e que não levam a resolução lógica dentro dos meios existentes.
É certo que a longo tempo a situação não pode continuar pois em todas as economias a evolução dos meios é primordial e não se pode virar as costas ao progresso com o risco de ser-se ultrapassados por aqueles que evoluem, mesmo que as leis o não permitam. A maior parte das vezes tem sido o avanço que tem obrigado os países a reverem as leis existentes ou a criarem novas leis.
Neste momento já não é só os diferentes tipos de programas como o da Uber que põe os sitema dos taxis em causa que obriga a um profundo estudo mas também o já noutro campo, o novo programa de distribuição Google. E o que mais se verá...

Só que os governos não querem resolver o assunto pois sai-lhes caro à partida. Quer os governos queiram ou não, mais cedo ou mais tarde terão que permitir a inovação no campo dos taxis e transportes fora outros modelos que aparecerão nos mais diversos campos. De momento não fazem mais do que adiar por algum tempo a resolução do problema, com todos os gastos que isso implica. Vai chegar o tempo em que terão que fazer o que querem evitar: indeminizar os taxistas e partir a zero numa nova era como já acontece noutros países. Quanto mais tarde mais caro fica ao herário público
a indemnização aos taxistas, assim como toda a reestruturação. Péssima gestão. Quanto mais tarde forem tomadas medidas, mais taxistas deixam o ramo e se transferem para a Uber com todas as perdas pessoais e sociais que isso representa.

Os americanos preparam-se para voltar à lua mas para isso estão a preparar novos meios pois não querem lá voltar com o material obsoleto do passado. Muito menos os astronautas aceitarão fazer cálculos com uma tabuada. Galileu Galilei viveu no século dezasseis e só em dois mil o Papa João Paulo II apresentou as suas desculplas pelo julgamento a que foi sujeito pela inquisição.

Para bem dos contribuintes e dos motoristas, esperemos que não demore tanto tempo pois a indústria de taxis como tem vindo a ser explorada já não funciona.

Não estou com esta postagem a defender a Uber ou outros tipos que venham a aparecer mas estou sim a defender o interesse do cidadão comum quer seja cliente ou taxista, pois pagam os impostos e os diversos governos lhes vão virando as costas com conhecimento de causa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Contrastes arquitetónicos

Montreal é uma cidade polvilhada dos mais diferentes tipos de edifícios, levando a que com o andar dos tempos a sua arquitectura não seja homogénia. Prédios antigos com certo valor arquitectónico convivem de braço dado com prédios altos da época actual.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Quando a escola sai à rua

Estas obras de arte pertencem a um conjunto de habitações localizadas nos dois lados do Boulevard De Maisonneuve, situado no bairro de Ville-Marie que tem cerca de oitenta e cinco mil habitantes.
Este aglomerado ocupa cerca de oito hectares num total de oitocentas habitações. Possui cinco edifícios altos destinados à idade de oiro, uma dezena e meia de edifícios de três andares e nove moradias. Acolhe mil e setecentos moradores de setenta países. Foi inaugurado em mil novecentos e cinquenta e nove, sendo o primeiro projecto de habitações públicas do Canada. As suas rendas rondam os seicentos e cinquenta euros mensais.
Tratava-se de uma zona degradada que foi recuperada.  Num lado do boulevard este conjunto de obras de arte cuja pedagogia é notória e do outro lado possui um excelente campo de futebol no verão que é transformado em arena para jogar hoquei exterior no gêlo, no inverno. Desse lado também tem um jardim para a idade de oiro ir cultivando os seus legumes e plantar flôres. Ainda há junto a tudo isto uma fachada e vasos com desenhos em mosaico bisantino, assim como excelentes murais dos dois lados da rua e nos contentores do lixo.

Alguns dados retirados da wikipedia e fotos feitas no local.