quarta-feira, 31 de março de 2010

Dégénération

Em Portugal nos fins dos anos setenta, princípios de oitenta do século passado, ouvi dizer várias vezes que um dos grandes problemas para a nossa economia, era que uma pessoa vendia o que tinha na terra, ia trabalhar para as cidades, com o tempo criava uma companhia e quando chegava à velhice, vendia a companhia e voltava para a terra. Falava-se que nos outros países, as grandes companhias transitavam de pais para filhos, o que lhes criava bons alicerces e o pessoal ao longo dos anos até se sentia parte da empresa, porque para muitos já os avós e os pais tinham lá trabalhado.

Tabém se falava dos velhos tempos em que as nossas avós, bisavós e familiares mais antigos, tinham tido uma grande descendência. Como nessa altura já se tinham poucos filhos, mais tarde ir-se-ia ter problemas de várias ordens com a diminuição drástica da população. Eu próprio tive dezassete tios.

Francamente, não sendo economista, não me pronunciava sobre o assunto mas pensava que estes pontos de vista até tinham uma certa base e portanto, nós é que andávamos ao contrário dos outros países mais avançados.

No Canada, vim para o Québec, terra de língua francesa. Um dia, qual não é a minha admiração quando ao ouvir uma canção, compreendi que por outras palavras, a primeira metade expremia a situação acima exposta. Não quero mal aos outros mas até fiquei contente, porque assim tive a noção que o que se passava no meu cantinho Natal era absolutamente natural, senti um certo bem estar interior e uma esperança acrescida voltou. A segunda parte fála-nos práticamente da vida de hoje.

A comprovar tal, aqui fica a letra da referida canção:

Dégénération

Ton arrière arrière grand-père il a défricher la terre
Ton arrière grand-père il a labouré la terre
Et pis ton grand-père a rentabilisé la terre
Pis ton père il l’a vendue pour devenir fonctionnaire
Et pi toé mon p’tit gars tu sais pu c’que tu vas faire
Dans ton p’tit 3 1/2 ben trop cher, frette en hiver
Il te vient des envies de devenir propriétaire
Et tu rêves la nuit ...... d’avoir ton p’tit lopin de terre ....

Ton arrière arrière grand-mère elle a eu 14 enfants
Ton arrière grand-mère en a eu quasiment autant
Et pis ta grand-mère en a eu 3 c’était suffisant
Pis ta mère en voulait pas, toé t’étais un accident
Et pis toé, ma ‘tite fille tu changes de partenaires tout le temps
Quand tu fais des conneries, tu t’en sauves en avortant
Mais y’a des matins tu te réveilles en pleurant,
Quand tu rêves la nuit ..... d’une grande table entourer d'enfants...

Ton arrière arrière grand-père a vécu la grosse misère
Ton arrière grand-père, il ramassait des cennes noires
Et pis ton grand-père, miracle, est devenu millionnaire!
Ton père en a hériter, il a toute mis dans ses REER
Et pis toé, ‘tite jeunesse tu dois ton cul au Ministère
Pas moyen d’avoir un prêt dans une institution bancaire
Pour calmer tes envies de hold-uper la caissière,
Tu lis des livres qui parlent ..... de simplicité volontaire

Tes arrière arrière grands-parents, y savaient comment fêter
Tes arrière grands-parents, ça swingaient fort des les veillées
Et pis tes grands parents y’ont connus l’époque yé-yé
Tes parents c’étaient le disco, c’est là qui se sont rencontrés
Et pis toé, mon ami, qu’est-ce que tu fais de ta soirée
Éteint donc ta TV y faut pas rester encabané
Heureusement que dans la vie, certaines choses refusent de changer
Enfile tes plus beaux habits........ car nous allons, ce soir, danser


Gostei muito de a ouvir cantada pelo grupo, Mes Aieux.

Para quem estiver interessado:


http://www.youtube.com/watch?v=3ZCCXmK6QXs&feature=fvw


Não haja dúvida qua a cultura popular é uma grande lição.

terça-feira, 30 de março de 2010

Quando a natureza dá um jeito.

Quando a natureza dá um geito e se faz agricultura nos jardins..., saiem maravilhas destas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Animais de companhia

Quando cheguei a Montreal, comecei a notar um número elevado de pessoas nas ruas com os seus cães e sempre com um saco em plástico nos bolsos, pronto a receber as necessidas dos animais. Posteriormente fui notando que a cãmara possui distruibuídos pela cidade, um certo número de "urinois" para cães que ainda não aliviaram as tripas antes de lá chegarem.

Urinol para cães com duas portas exteriores


A seguir à entrada há uma ante-cãmara, aonde os pegadores de trelas soltam os cães. Abrem-lhes a porta que dá para o urinol e o cão vai passar uns momentos com os seus homólogos. Enquanto os cães ficam ocupados, os donos ficam com uns momentos livres para uma amena cavaqueira, pois estes locais provocam encontros muitos agradáveis. Logo que notam que o animal está com vontade de sair, vão até ao urinol e apanham os excrementos do cão com um saco de plástico que deixam no caixote do lixo, na ante-cãmara.



Ante-cãmara



Placas cívicas



Assim, se os donos já tiverem acabado de conversar, se termina uma primeira visita diária a um dos pontos mais concorridos desta cidade.

Problemas técnicos

O AAqui apresenta problemas técnicos a partir do meio dia de hoje.
Sinceras desculpas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Preços da gasolina em Montreal

A Europa e a América do Norte, são dois mundos diferentes e a forma de comercializar os combustíveis mostram isso bem. Anteontem ao dar uma volta, decidi fazer fotografias aos diferentes preços afixados nas estações de serviço. Neste caso, os preços eram diferentes nas duas estações de gasolina mas a diferença era tão pequena, que se tornava insignificante no valor do abastecimento de um depósito de automóvel.



















Hoje de manhã estava fresquinho, -10 C mas não havia vento, pelo que se andava bem. Resolvi fotografar novamente gasolineiras e os preços eram idênticos em todas as estações de serviço.







De notar que as estações de abastecimento de combustíveis ficam situadas nos cantos dos cruzamentos de duas ruas.

domingo, 21 de março de 2010

Águas-furtadas de Montreal

Visões maravilhosas não anunciadas.

A malvada da Joaquina

Um trabalhador rural no Alentejo, foi presente a tribunal como testemunha. Quando chamado, para identificá-lo perguntaram-lhe o nome, a idade, aonde morava, o estado civil mas...:

Pergunta: o senhor é solteiro?

Testemunha: não

Pergunta: o senhor é casado?

Testemunha: não

Pergunta: o senhor é divorciado?

Testemunha: não

Pergunta: o senhor é viúvo?

Testemunha: não

Pergunta: então o que o senhor é?

Testemunha: eu sou junto com a minha Joaquina.

sábado, 20 de março de 2010

Motocrosse

A juventude na cidade da Beira em Moçambique, utilizava muito motorizadas nas suas deslocações. Era um meio de transporte barato, muito confortável e além de uma liberdade total de movimentos, era muito fresco pois com o clima quente dessas paragens, sabia bem. Havia quem utilizasse o automóvel para andar com a família e a moto ou motorizada para os seus afazeres.

A juventude ocupava o seu tempo com umas corridinhas que a polícia em moto não perdoava.

A uma certa altura apareceu lá um polícia que adorava as motos e gostava da rapaziada. Assim, quando um motociclista ia com excesso de velocidade, o polícia punha-se a seu lado com a sua moto nas rectas e ia sempre dizendo-lhe para acelarar cada vez mais, até que o prevericador com medo começava a baixar a velocidade. Nessa altura deixava-o em paz pois a lição devia ter servido.

No entanto esse agente não ficou por aí.

Conseguiram um terreno na Manga com uma área muito grande e lá foi construída uma pista para a prática do motocrosse.

Com o tempo, ao sábado tornou-se um hábito para a população da Beira ir dar um passeio até à Manga e aproveitar para ver o motocrosse.

Foi assim que um polícia da secção de motos, louquinho pelas motos e pela juventude, resolveu o problema de excessos de velocidade na cidade e criou um passatempo adorado por muitos.

Cães reformados

Em Nova York, a polícia achou por bem passar os seus cães de detecção de droga dos portos e aeroportos à reforma, pois tinham atingido o limite de idade. Aqueles que os tratadores não quiseram ficar com eles, vendeu-os num leilão que costumam fazer de tempos a tempos.

As drogas apreendidas, costumam ser guardadas em certos lugares dos armazéns da polícia e bem no interior de outros artigos. Habitualmente são paletes com os produtos apreendidos disfarçadas no meio de outras.

Passado um certo tempo, quando foram inspeccionar os diversos locais aonde guardavam a droga, descobriram que ela tinha desaparecido.

Bem, os cães reformados tinham continuado a fazerem umas horitas extras para arredondarem os meses dos seus tratadores. Já se está a ver que foi o crime organizado que arrematou os cãezinhos.