terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Cavalo e a borboleta

Na Mosaículturas de 2013 de Montreal, pôde-se admirar este lindo jardim representando um cavalo branco. Situa-se nas ruínas do castelo de Uffington na Inglaterra e transporta-nos aos tempos da arte céltica. Mede cento e dez metros de comprimento, foi criado dentro de trincheiras que lhe servem de moldura e cheias de pó de giz branco. Fala-se que da silhuete deste cavalo era retirada a erva todos os sete anos no solstício do verão. A sua posição nas ruínas só permite vê-lo do céu.


Comesse, jardineiro de profissão, utilizou o desenho da borboleta abaixo como mosaícultura exposta na Exposição Universal de Paris em 1878. Reproduzida com plantas de caracteríticas idênticas e devidamente numeradas para esta exposição, mostra-nos bem o trabalho executado por Comesse.

sábado, 27 de setembro de 2014

Uma rua sem árvores

O que é muito raro em Montreal e logo por coincidência se situa na traseira do Museu McCord que resolveu dar-lhe todos os anos outra aparência. Este museu leva a arte à rua e outros locais exteriores para nos dar a conhecer usos e costumes desta terra, assim como a evolução de Montreal ao longo dos tempos.

Rua frontal do museu.

Expôs publicamente os erros cometidos até há bem pouco tempo com as crianças dos Primeiros Povos a também conhecidos por índios e que cresceram em pensionatos onde foram obrigadas a viver. O mandato era de livremente ou pela força erradicar todos os traços das suas culturas.


Actual exposição sobre o título "Vagueando em Montreal".


Além da decoração que inclui a "Floresta Urbana" que tem vindo a apresentar nos últimos anos na rua sem árvores, como se pode ver nesta foto do ano passado.


Este ano acrescentou-lhe um piano aberto a todos como se pode ver na foto à esquerda. A rua tornou-se um local de concertos todos os meios dias apresentados por artistas conhecidos, assim como às quartas-feiras à tarde acompanhado de uma pequena recepção com o seu copinho e bucha como dizem, pois fazem a festa com muita alegria e simplicidade.

O exterior da sua vitrina mostra-nos este excelente trabalho.

sábado, 20 de setembro de 2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Oliver Jones

Oliver Jones completou oitenta anos no passado dia onze. É um pianista jazz de fama internacional, nascido no meio pobre da Petite-Bourgogne em Montréal. Muito novo começou os seus estudos com Daisy Peterson, irmã do célebre Oscar Peterson. Muito mais tarde foi-lhe atribuído o "Oscar Peterson Award", pela sua excepcional performance em jazz.
Dotado, à idade de cinco anos tocava em igrejas e com nove em cafés, boîtes e cabarés, o máximo dessa época nesta cidade. Estudou piano clássico e ensinou música na Universidades de Laurentienne de onde é professor honoris causa. Também lecionou na conhecida Universidade McGill. Ainda muito solicitado mas já menos activo, foi recipiendário de inúmeros prémios e distinções ao longo do anos.
Quando se passa na Petite-Bourgogne, pode-se ver o mural com o título: "Aqui nasceu o jazz".

Na semana passada, pelo seu aniversário, prestaram-lhe mais uma homenagem com a inauguração deste mural denominado: "Oliver Jones".

Oliver Jones será sempre uma pessoa viva não só através da sua obra, das suas filhas que cantam, como através desse novo prodígio Daniel Clarke Bouchard que desde muito jovem tem acarinhado e aos treze anos já o acompanhou, assim como a Orquesta Sinfónica de Montreal. Simplesmente, Oliver Jones.



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O canto do cisne

Belo, gracioso e elegante, é o simbolo da fragilidade. O cisne representado na Mosaícultura de 2013, é a ave nacional da Finlandia e uma das maiores aves que vôa.
Consta que a expressão "Canto do Cisne" vem de um cisne mudo, que no momento de morrer deu um grito que ficou como sendo o mais belo som jamais ouvido.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Batman

Grafito numa das várias janelas de um edifício que dão para a cave com pinturas dos diversos estilos, apresentando algumas verdadeiras maravilhas como esta.

Que dava um excelente quadro.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

TAM TAM

Existe em Montreal um festival internacional semanal não oficial, que tem lugar todos os domingos de abril a outubro de cada ano desde 1978 e sem alguma organização. Originado de forma espontânea, hoje é aceite pela polícia e os locais de venda são controlados pela cãmara. Situa-se no sopé da Montanha desta cidade.
É lá que todos os domingos à tarde uns milhares de habitantes desta cidade de todas as origens e turistas de todos os continentes, passam um tempo agradável ao som do Tam Tam que chega a ser tocado por dezenas de músicos ao mesmo tempo. O visitante aproveita para fazer as suas compras artesanais, praticar diversos jogos, fazer piquenique passando uma tarde muito agradável. Muitos passam lá a noite para segunda-feira.
De notar que o ambiente é tão alegre e aberto que nos passeamos por toda a zona com uma sensação natural de segurança, lembrando muito o movimento hippie dos anos sessenta do século passado.
Passei lá e deixo-vos aqui umas fotos desta forma diferente de estar na vida.

Entrei por um dos caminhos O primeiro grupo Quem quizesse podia dançarE bem alegre
Fui até um segundo grupoAonde não faltavam vários tipos de instrumentosUm respeitável malabaristaArtisãos não faltavam
Os parques são muito concorridos no fim de semanaEm toda a sua extençãoTelevisão não faltava
Antes de partir vi este grupo a reivindicar pela igualdade da mulher desvestidas da cinta para cima. Achei por bem ir até lá e incluir nesta singela reportagem, pois é uma causa válida. Qual foi o meu espanto, que no momento que me juntei ao grupo, as bonitas, as elegantes ou as duas ao mesmo tempo, numa profunda demonstração de descriminação, não estavam desvestidas. Como sou contra toda a descriminação, e só por isso, não fiz nenhuma fotografia em sinal de protesto.
Saí atravessando uma avenida para entrar no outro lado do parqueAonde estavam para começar um jogo de futebol americanoMas que bela voz tinha o guitarrista!
Ao partir, comecei a pensar profundamente nos momentos que tinha acabado de viver e cheguei à conclusão que ontem como hoje, os nossos governantes nunca deram o real valor à cultura. Só por isso, eu nunca cheguei a ser um artista reconhecido internacionalmente.