terça-feira, 2 de setembro de 2014

TAM TAM

Existe em Montreal um festival internacional semanal não oficial, que tem lugar todos os domingos de abril a outubro de cada ano desde 1978 e sem alguma organização. Originado de forma espontânea, hoje é aceite pela polícia e os locais de venda são controlados pela cãmara. Situa-se no sopé da Montanha desta cidade.
É lá que todos os domingos à tarde uns milhares de habitantes desta cidade de todas as origens e turistas de todos os continentes, passam um tempo agradável ao som do Tam Tam que chega a ser tocado por dezenas de músicos ao mesmo tempo. O visitante aproveita para fazer as suas compras artesanais, praticar diversos jogos, fazer piquenique passando uma tarde muito agradável. Muitos passam lá a noite para segunda-feira.
De notar que o ambiente é tão alegre e aberto que nos passeamos por toda a zona com uma sensação natural de segurança, lembrando muito o movimento hippie dos anos sessenta do século passado.
Passei lá e deixo-vos aqui umas fotos desta forma diferente de estar na vida.

Entrei por um dos caminhos O primeiro grupo Quem quizesse podia dançarE bem alegre
Fui até um segundo grupoAonde não faltavam vários tipos de instrumentosUm respeitável malabaristaArtisãos não faltavam
Os parques são muito concorridos no fim de semanaEm toda a sua extençãoTelevisão não faltava
Antes de partir vi este grupo a reivindicar pela igualdade da mulher desvestidas da cinta para cima. Achei por bem ir até lá e incluir nesta singela reportagem, pois é uma causa válida. Qual foi o meu espanto, que no momento que me juntei ao grupo, as bonitas, as elegantes ou as duas ao mesmo tempo, numa profunda demonstração de descriminação, não estavam desvestidas. Como sou contra toda a descriminação, e só por isso, não fiz nenhuma fotografia em sinal de protesto.
Saí atravessando uma avenida para entrar no outro lado do parqueAonde estavam para começar um jogo de futebol americanoMas que bela voz tinha o guitarrista!
Ao partir, comecei a pensar profundamente nos momentos que tinha acabado de viver e cheguei à conclusão que ontem como hoje, os nossos governantes nunca deram o real valor à cultura. Só por isso, eu nunca cheguei a ser um artista reconhecido internacionalmente.

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