terça-feira, 20 de abril de 2010

Sommet du millénaire

Vai começar hoje em Montreal o "Sommet du millénaire", dedicado essencialmente à eleminação da pobresa. Este congresso vai durar três dias. Começará por tratar inicialmente o problema da pobresa no Canada e neste caso, muito especialmente do Québec, espalhando seguidamente a sua visão pelo mundo. Entre as pessoas presentes, conta-se com a vinda de Al Gore.

Se bem que vários países, assim como o próprio Quebec, tenham adoptado uma lei contra a "pobreza e exclusão social", o certo é que é uma fatalidade que continua a grassar nesta província pelos motivos mais variados.

Não havendo dúvidas que na juventude o principal problema é o abandono dos estudos, já nos restante casos são múltiplas situações que se apresentam.


Estas pessoas deixam-nos admirados pois tratam muito bem os seus cães, com que habitualmente estão a pedir. Não só tentam defendê-los do frio ou do calor colocando um cartão por baixo do corpo do animal, como se um dos dois tiver que passar fome, de certeza que será o pedinte e não o cão que está sempre bem tratado.

Por outro lado existem entre os mais diversos problemas, aqueles que pôem acima de tudo a sua liberdade total. Não aceitam as diversas ajudas postas à disposição, preferem viver na rua qualquer que seja o clima.


Os governos deste país não lhes dão uma grande ajuda monetária mas por outro lado, ajudam fortemente fundações, autênticas ONGs nacionais, que labutam na luta contra a pobreza e que sem dúvida, têm um excelente trabalho.
Nestes casos, de louvar o trabalho dos benévolos que principalmente durante o inverno os procuram dia e noite a fim de os agazalharem, por vezes com riscos.

O contacto com estas pessoas deve ser com o máximo respeito pelas suas liberdades pois há alguns anos atrás, uma cadeia de televisão entrevistou uma velhinha, tentou convencê-la a aceitar ajuda e a recolher-se num abrigo para passar a noite. Era uma noite de temperatura negativa muito baixa e ela vivia debaixo de um pinheiro nórdico, numa tenda baixa, feita de sacos plásticos presos aos ramos, envolvida no seu casaco e vários edredons. Após a entrevista, a senhora desapareceu e nunca mais ninguém a viu. Não se sabe para onde foi; se foi para a floresta o que é um perigo, ou se ainda está viva. Conversar com estas pessoas, até lhes faz bem e eles gostam mas é melhor deixar o acompanhamento para os benévolos que estão muito bem preparados para tal fim.


Um dos vários casos de pobreza extrema

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