quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ciclistas, pranchistas, patinadores e...

Em Montreal a prática do ciclismo vem de longe e muito utilizada a todos os níveis sociais. A bicicleta não é só utilizada pela classe operária ou menos desfavorecida pois há quem faça do ciclismo o meio de manutenção física diária, o que é muito incentivado pelos diferente governos, assim como a patinagem.

Jack Layton, que já nos anos cinquenta do século passado se passeava pelos passeios de Montreal a caminho da universidade McGill em bicicleta, hoje presidente do Novo Partido Democrático, vai quase todos os dias em bicicleta para a Assembleia Nacional do Canada. Há também vários ministros, professores universitários e estrelas da televisão como Pierre Bruneau que atravessa muitas vezes logo de manhã a ponte Jaques Cartier em bicicleta para chegar ao trabalho, astronautas, diferentes quadros de empresas, desportistas, a plebe, etc., que utilizam este meio de manutenção e transporte. Ainda na passada sexta-feira Santa, quando perguntaram ao ministro das finanças, Raymond Bachand, o que iria fazer no fim de semana, respondeu que ia dar umas voltas de bicicleta. Aconteceu que ao fazer um benevolado, estive várias vezes com uma senhora de oitenta e três anos, viúva de um médico. Nas nossas conversas vim a saber que ainda jovens, tinham estado algumas vezes em Portugal e que ficaram a conhecer algumas regiões em bicicleta. De uma das vezes desembarcaram em Lisboa, foram até ao Algarve e continuaram pela Espanha, o que me vem confirmar que o uso da bicicleta por estes lados já vem de longa data.

Além disso a bicicleta oferece uma liberdade de movimentos muito grande, uma grande facilidade de estacionamento que é muito apreciada e a que a cãmara e senhorios, muito têm contribuído. Hoje os governos deste país fazem um esforço para que os patinadores venham para a rua pois, os pranchistas e peões a fazerem manutenção a passo ou em corrida, já se apropriaram dela e dos meios postos à disposição.

Há dias ia na rua St. Denis que tem muito tráfego, quando ia para fotografar a rua, ouvi um barulho de rodas a passar. Era um pranchista que até ficou na fotografia.



Já na rua Berri fotografei uma subida que se pode ver ao fundo e que convida a transpirar. Patinadores e ciclistas convivem.



O pessoal vai ao mercado comprar os seus legumes, frutas, etc. O espaço não é grande mas os carros e os ciclistas andam lado a lado alegremente.



Bonita pista que atravessa a baixa da cidade de este a oeste. Os postes esguios de iluminação do lado direito da pista, têm no cimo um ciclista em ferro. As pistas são separadas fisicamente do restante tráfego, o que já não acontece com as bandas para ciclistas e sobre o que escreverei nos tomos seguintes. De notar os saquinhos nas bicicletas.



Se alguma pista está ocupada com obras como neste caso, há que criar uma alternativa provisória.



A publicar brevemente: Tomo II


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