quinta-feira, 29 de julho de 2010

Voo verdadeiramente livre.


Quando chegamos a Montreal, começamos a aperceber que as pessoas sendo aparentemente como nós, estávamos muito distantes na forma de ser.

Pelo contrário nos mais velhos, os hábitos, usos e costumes nos francófonos, na sua grande maioria, eram muito idênticos aos nossos.

Com o tempo fômo-nos apercebendo na imensa diferença de mentalidade que havia entre os mais velhos nessa época, aí para os seus sessenta e mais, com os mais novos até aos seus quarenta e portanto a rondarem a nossa idade. De vinte para baixo, notávamos que eram nítidamente o fruto de uma evolução da educação das pessoas compreendidas no leque do meio. A nossa mentalidade estava muito mais perto das pessoas de sessenta anos e mais.

Um dia a conversar com a minha mulher sobre acontecimentos do dia à dia, ela disse-me: "Olha, ainda havemos de ver uma vaca voar".

Os anos passaram e um dia de manhã abri muitos os olhos ao ouvir na televisão que uma vaca tinha caído num barco para os lados do Japão. Pelas notícias que se seguiram, fiquei a saber que se tratava de uma vaca que tinha caído de um avião que ia a passar e perante minha admiração, não fizeram nenhuma referência a mortos.

Corri para junto da minha mulher e disse-lhe logo que voar ainda não mas passear-se no espaço, já havia uma vaca como feliz contemplada.

Desta vez, sou eu, que sabendo da invenção de uma pessoa do Quebec, aproveitei para ver pessoas a voarem. Uma autêntica descoberta como a do ovo de Colombo, técnicamente muito simples mas que nunca ninguém tinha criado. É de facto um momento em que seres humanos sem estarem ligados a um objecto voador qualquer que ele seja, continuando sujeito à atração terrestre, a consegue superar.

Gostando de mostrar o que vejo, aqui fica o meu testemunho fotográfico num dia de núvens inconstantes para fazer fotografias.

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