sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eleições Federais

No meu último artigo apresentei diversos problemas de Montreal assim como uma visão do futuro dentro do mesmo campo.
Ao longo de todos estes anos vividos nestas terras, vejo hoje nas eleições federais uma oportunidade para mostrar que ao contrário do que muitas pessoas pensam, este país não é um país de vida fácil por ser rico mas pela facilidade que os seus responsáveis nos proporcionam no dia a dia.

Por contra nesse mesmo dia a dia, no que respeita a trabalho, é do que há de duro. Todos têm que assumir as suas responsabilidades a todos os níveis no meio de uma floresta serrada. O estado contra cidadãos é natural mas fácilmente se vê os cidadãos contra organismos estatais e políticos, de forma legal. Também ver empresas contra empresas, contra o estado, contra empregados é normal mas o contrário também. O mesmo acontece entre sindicatos, sindicatos e patrões, assim como sindicalizados contra os próprios sindicatos. As desavenças entre as diferentes partes acima descritas, estado, patrões e empregados, acontece como em todos os países.

No que respeita a estas eleições federais, entre a diferente informação que nos enviaram para casa a fim de irmos votar, há um cadernozinho que nos explica como o fazer e numa das páginas vem a descrição da identificação necessária para votarmos como mostro em baixo.

Francês.
Inglês



Como se pode notar até uma carta de condução, licensa de pesca, cartão da biblioteca, etc. dão para votarmos. Mas se a pessoa fôr a passar a pé ou num meio de transporte e por acaso notar que está em frente do local de voto, até pode apresentar uma carta plástica bancária, um cartão de uma companhia de seguros a que esteja ligada, uma factura dos serviços públicos como telefones, electricidade, etc, que muitas vezes as senhoras trazem na carteira. Num caso de um sem-abrigo, até um papel a que se chama documento devidamente assinado pelo responsável de um refúgio ou de uma sopa popular, serve. Nada disto leva à desordem. Para aqueles que lêm uma das duas línguas ou mesmo as duas, podem ver o que é de facto um "easy country" de que os nacionais se queixam que está tudo cada vez menos facilitado.

2 comentários:

DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

Percebi bem a diferença para cá!
Aqui não podia votar com a maioria desses documentos!

AAAqui Ici Here e Alem Mar disse...

A alguns, chamemos-lhe documentos. No enanto, hoje há a internete aonde se pode ler tudo o que queremos mas quando cá cheguei tinham e ainda hoje têm expositores com espaços todos iguais em cada serviço, aonde nós antes de irmos ao balcão tiramos o papelinho respeitante ao que queremos tratar, conferimos se temos tudo em ordem e depois é que vamos falar com o funcionário que já não perde tempo nem nós estamo dependentes de ninguém e ainda ficarmos a dever favores. Só não faço uma fotografia porque esses expositores estão dentro dos próprios serviços. Também não esperamos em pé. Entramos, tiramos o nosso número e assentamo-nos. Não creio que em Portugal um ministro vá para a bicha. Então porque é que não respeitam os cidadãos que os elegeram e lhes dão trabalho, dando-lhes meios? É por isso que eu falo, porque limusine e portas abertas têm eles.