sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Afeganistão.

O Canada tem mantido milhares de militares no Afeganistão. Têm sido tempos muito difíceis para as famílias que vivem sempre na insegurança quando um ente querido partiu, pois tem havido semanas de duas e três perdas além dos que ficam marcados para toda a vida. Por outro lado pude apreciar a alegria de uma mãe ao receber um filho de manhã e a tristeza à tarde ao ver partir os seus outros dois rebentos.

Ontem houve na cidade de Quebec, capital desta província, o desfile de despedida do último contingente composto de mil e quinhentos militares. Pensa-se que são os últimos a partirem desta província pois o Canada retira-se no próximo ano do Afeganistão, para voltar às missões da ONU.

Tem de facto custado vidas mas neste caso específico, aonde ainda em 2005 havia poucas escolas nas mãos de carolas, por vezes nas suas próprias casas e com muitos riscos, o número de estudantes era diminuto. Hoje, são cerca de seis milhões a irem à escola, dos quais quarenta por cento são mulheres. País aonde uma mulher para sair devia de ir acompanhada por um homem, nem que esse "homem" tivesse só "quatro anos": humilhação mental que leva a um hábito inaceitável. Não haja dúvida que só com a instrução se acabará com o obscurantismo neste campo e noutros. Se bem que os atentados sejam o grande problema, muito têm feito por gentes que foi muitos anos votada ao esquecimento. Esperemos que o lado humanista desta situação, com o tempo, pois vai levar muitos anos, consiga levar aqueles infortunados e infortunadas a uma vida digna.
A estes homens e mulheres que partem na próxima semana, votos que regressem todos com saúde.

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