sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Força, Da. Esperança.

Já há alguns meses vi um concorrente de cento e dois anos no concurso "Le Banquier". Era uma pessoa que não perdia tempo a pensar para dar respostas, sempre muito bem disposto e até dançou com a apresentadora. No entanto, o que mais me admirou foi quando caíu no chão um objeto, o senhor baixou-se e levantou-se com uma ligeireza extraordinária. Foi institivo.
No princípio desta semana, nas notícias do meio dia na TV, ouvi o apresentador "Pierre Bruneau" dizer que o Senhor Paul Dubé tinha entrado numa agência e comprado um mercedes. Como já notei quase no fim, até nem liguei à notícia.
À noite fiquei admirado ao ver este senhor ser entrevistado por "Denis Lévesque", pois não apresentava mais de oitenta anos. Com uma belíssima cara e disposição, foi dizendo que já tinha dado uma volta com o Mercedes: estava muito contente com a comodidade e condução do mesmo. Viúvo, afirma que manteve a manutenção até à morte da esposa, o que deixou "Denis Lévesque" admiradíssimo. Mostrando as suas habilidades, tirou os óculos e a seguir leu a folha de serviço do entrevistador, mesmo as suas anotações. Não sabe ainda como vai utilizar o carro mas há bem pouco tempo foi até à Flórida, fazendo cinco a seis horas por dia de condução, perto de dois mil e duzentos kilómetros. Nos dois acidentes de carro que teve em toda a vida, jamais lhe foram atribuídas responsabilidades. Muito bom conversador, fiquei admiradíssimo pois disse que a esposa partiu quando ele tinha oitenta e nove anos e que ia fazer dentro de pouco tempo, cento e um. Parei um momento, vi mentalmente o meu retrato num espelho imaginário, e pensei ... FANTÁSTICO: FORÇA, Da. ESPERANÇA.

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