terça-feira, 10 de maio de 2016

Vamos dar uma volta no canal de Lachine

Em bicicleta.

Montreal possui uma pista panorâmica para ciclistas ao longo do canal de Lachine e que continua nas margens do rio Saint-Laurent. Esta pista tem sido vários anos considerada a mais bela do mundo e acompanha estes cursos de água durante várias dezenas kilómetros. Os seus espaços largos ao longo das margens permite a prática de vários desportos ao ar libre, podendo ao mesmo tempo ir admirando a paisagem com as suas obras de arte na grande maioria muito simples, para não alterar o ambiente que aí se desfruta.
É no Velho Porto ou junto ao centenário edifício do mercado Atwater que o turista pode alugar bicicletas nos comércios ao lado da pista, ou os menos hábeis fazerem reparar as suas bicicletas antes da partida.

Numa convivência natural lado a lado, a pista para ciclistas em asfalto e em terra o piso para pedrestes, muito mais macio.
Ciclistas e pedrestes convivem, podendo admirar a paisagem com as suas inúmeras pontes.
Neste caso podemos ver um casal na "Idade de Oiro" a fazer a sua manutenção.

Mais adiante uma estrutura para diversos fins e que serve como ponto de apoio aos ciclistas.
Em família ou em grupo, também se passa o tempo.
Sendo um local privilegiado, pode-se ir admirando desportos na água.
Há os que o fazem por simples manutenção ou passa-tempo.
Mas também há os que se treinam no seu desporto favorito.
Outro ponto de apoio ao longo do percurso, aberto a quem passa.
De pequenino é que se começa.
Uma obra muito simples mas que altera a paisagem.
Ciclistas em pleno treino. Estes de alta velocidade vão sempre na sua mão e em fila indiana.
Também se pode ir admirando os barcos recreativos que vão passando.
Uma vista do canal com mais uma das muitas pontes que o atravessam e que embelezam a panorâmica.
Não faltam locais com mesas e bancos para comer. Para maior conforto dos veraneantes, existem por cima os célebres ultravioletas no meio das lampas para matar os mosquitos.
Depois das forças recuperadas, mais umas pedaladas.
Entretanto em Lachine, passa-se junto à maior obra de arte do percurso.
Aí podemos admirar esta "face multi-facetada".
Mais adiante passamos pelos maravilhosos ninhos de andorinhas pretas, numa demonstração do valor que é dado à defesa das espécies animais.
Por toda a cidade de Montreal o verde é rei mas há paisagens situadas no seu interior que nos deixam maravilhados.
Já agora aproveitamos para repôr as forças nesta bela cabaninha, alegrar o estômago e para os lados de Pointe Claire iniciar a volta para casa quando já estão feitos uns trinta kilómetros.
Obrigado pela vossa agradável companhia.


Curiosidades
No Quebec, cinquenta e dois por cento da população pratica ciclismo.
O esforço de criação de pistas dentro e fora das cidades que são utilizadas por ciclistas, patinadores e pranchistas em todo o Quebec têm a finalidade de tirar o máximo de automobilistas das ruas e estradas. Tal funciona plenamente porque os ciclistas no centro das cidades podem deixar as bicicletas presas aos diversos descansos camarários gratuitos que há por todas as cidades, assim como deixá-las presas aos postes públicos ou grades de edifícios. Com a falta de lugares para estacionar os carros, os ciclistas que vão ao centro de uma cidade só levam o carro se forem com a família, pois não é prático. No caso preciso de Montreal, um ciclista que viva a dez kilómetros do centro da cidade, tem todas as probabilidades de aí chegar mais depressa que indo de automóvel ou utilizando um meio de transporte público por causa do tráfego.
É muito apreciado o uso dos patins, pranchas, marcha e corrida a pé. É fácil ver passar nas pistas pais a correrem levando à frente um carrinho com três rodas que transporta o bébé.
Toda esta planificação tem o fim de retirar pessoas aos transportes públicos, dando lugar a outros.
A diminuição de carros nas ruas e menor utilização dos transportes públicos, leva a uma diminuição de compra de viaturas das mais diversas das quais muitas são importadas, despesas com reparações, diminuição na importação de peças para viaturas e a uma enorme diferença na importação de gasolina.
Sendo a manutenção física um meio de saúde, leva a uma maior efectividade no trabalho. Diminui o número de entradas nos hospitais com a respectiva ocupação de espaços e pessoal hospitalar, redução de gastos com medicamentes incluindo uma baixa significativa da sua importação.
Também se faz sentir na manutenção das ruas e estradas, porque seis mil e novecentas bicicletas provocam um desgaste no pavimento equivalente a um carro.

Vale a pena um país fazer tal esforço.

Sem comentários: